A cachorrinha Lalá (Foto), de raça indefinida, engoliu duas iscas (com camarões) presas em anzóis quando passeava na praia da Mococa, em Caraguatatuba; ela teve que passar por uma demorada cirurgia para a retirada dos anzóis
Por Salim Burihan
Triste, a cachorrinha Lala, de raça indefinida e com problemas de visão, ficou ferida gravemente na manhã de hoje, terça-feira(30), quando passeava com a sua tutora Carla, na praia da Mococa, na região norte de Caraguatatuba.
Como faz semanalmente, Carla leva seus animais para passear na praia durante os dias de semana para evitar problemas com os banhistas nos fins de semana. A tutora leva seus animais na praia da Mococa, geralmente, a partir das 6h30 da manhã, período em que a praia está deserta.
Carla retira as coleiras e deixa seus animais correrem pela areia da praia vazia. Os animais adoram curtir a praia. Só que, na manhã desta terça-feira, dia 30, a cachorrinha Lalá, apareceu com duas linhas de pesca presas na boca. A cachorrinha tinha engolido dois camarões que estavam abandonados na areia. Os dois camarões estavam presos a anzóis ou seja, foram abandonados na areia da praia por pescadores de fim de semana.
A cachorrinha passou mal, o sangue começou a escorrer pela boca dela. Desesperada, com a situação da cachorrinha, Carla recolheu seus sete animais da praia, deixou todos em sua casa e seguiu com “Lalá”, que sentia muitas dores, para o veterinário.
No consultório, o veterinário Henrique Konno, da Clínica Vet Perequrim, tentou retirar os anzóis, mas não conseguiu, sendo necessário fazer uma cirurgia para abrir a garganta da cachorrinha para poder retirar os dois anzóis que ela engoliu na praia da Mococa.
A cirurgia foi demorada e a cachorrinha Lalá foi liberada para se recuperar em casa. “Primeiro gostaria de agradecer o Dr. Henrique Konno e a clínica por terem atendido rapidamente a “Lalá”. Agora, é um absurdo as pessoas que praticam a pesca a beira mar deixarem anzóis com iscas abandonados na areia de uma praia tão frequentada como a Mococa. Os anzóis poderiam ter ferido gravemente uma criança”, comentou.
Segundo Carla, é preciso mais conscientização por parte das pessoas que praticam este tipo de pesca a beira mar. “Terminou a pescaria, recolham da areia seus apetrechos, principalmente, os anzóis, linhas e iscas. Isso evitará acidentes como o que ocorreu com a Lalá e, principalmente, com banhistas e crianças”, alertou.
Tradicionalmente, não é recomendado pescar em praias com banhistas devido ao risco de acidentes e ao incômodo causado. É importante respeitar os espaços e pescar em praias mais desertas ou em locais com horários restritos, longe da área de banho. A maior preocupação é evitar que as pessoas sejam enroscadas nos anzóis, o que pode causar ferimentos graves(Foto).
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