Em meio à polêmica, Palmeiras divulga situação de lesionados


Em meio à polêmica, Palmeiras divulga situação de lesionados
Cesar Greco/Palmeiras

Em meio à polêmica, Palmeiras divulga situação de lesionados

O Palmeiras foi derrotado pelo Bahia por 1 a 0 no domingo (28), pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro. Porém, o duelo ficou marcado por conta das polêmicas envolvendo o gramado da Arena Fonte Nova.

O destaque negativo do confronto foi a situação do piso de jogo. Com falhas, a grama foi pintada para tentar esconder as imperfeições, tanto que manchou o uniforme do Verdão, que escolheu a camisa branca para o confronto.

Além disso, no primeiro tempo, o Palmeiras perdeu dois jogadores por lesão. Primeiro foi Lucas Evangelista, que sentiu a coxa. Depois, foi a vez de Piquerez, que pediu para sair após um problema no joelho.

Nesta segunda-feira (29), na reapresentação da equipe, o Verdão atualizou a situação da dupla. Segundo o clube paulista, o lateral-esquerdo passou por exames que descartaram lesão. Por outro lado, o meio-campista sofreu uma lesão no músculo posterior da coxa direita e fará novos exames para avaliar a complexidade do caso – não está descartada uma intervenção cirúrgica.

Assim, Piquerez, apesar do susto, está liberado, mas é dúvida para o duelo contra o Vasco, na quarta-feira (1), pelo Campeonato Brasileiro. Já Lucas Evangelista será desfalque nos próximos jogos do Alviverde.

Reclamações

Após o duelo, o treinador Abel Ferreira se mostrou incomodado com a situação do gramado e não poupou críticas. Segundo o treinador, o piso de jogo não estava em boas condições e ajudou nas lesões dos palmeirenses.

“É difícil, você não está preparado para este tipo de situação, não está preparado para jogar num campo com um gramado… Estamos falando de futebol de alto nível, futebol profissional, isto devia ser inadmissível. As lesões surgem pelas condições do gramado, porque o pé fica preso, infelizmente. Vocês, se forem lá fora, conseguem ver que o gramado é pintado. Não consigo entender, mas pronto” , disse o treinador.

O treinador do Bahia, Rogério Ceni, não gostou das reclamações do comandante palmeirense e rebateu Abel Ferreira. Ele entrou na polêmica envolvendo o gramado sintético e afirmou que ficou feia a reclamação do lado paulista.

“Também gostaríamos que o gramado estivesse em melhor condição, mas acho que atrapalhou mais para nós. Sobre lesão, me desculpa, mas, para quem joga em gramado sintético, reclamar de lesão em gramado natural, aí fica feio” , enfatizou Ceni.

Anderson Barros

O diretor de futebol do Palmeiras, Anderson Barros, saiu em defesa de Abel Ferreira e criticou a postura de Rogério Ceni. Além disso, o dirigente relembrando um episódio que o treinador do Bahia defendeu o piso sintético ao reclamar das condições do gramado da Fonte Nova.

“Quanto à crítica do treinador do Bahia sobre a forma como supostamente o Palmeiras joga, não vale perder tempo. Os títulos que o clube conquistou sob o comando da comissão técnica do Abel demonstram a excelência do trabalho desenvolvido. A declaração do senhor Rogério Ceni entra em uma questão ética complicada e eu acho que ele deveria repensá-la” , disse Anderson Barros em entrevista ao GE.

“O próprio treinador do Bahia, que ontem saiu em defesa do campo da Fonte Nova, disse um ano atrás, se não me engano, que era preferível ter um campo sintético a jogar em um gramado sem a mínima condição como o da Fonte Nova. Não fui eu quem falei isso, foi o treinador do Bahia, o senhor Rogério Ceni, que aparentemente se esqueceu do que falou em 2024” , complementou o dirigente.

O caso em questão aconteceu em julho de 2024, quando após uma derrota do Bahia, o técnico Rogério Ceni reclamou das condições do campo e sugeriu que fosse posto grama sintética no estádio do Esquadrão de Aço.

“Hoje o maior motivo, primeiro, mais uma vez falar aqui, qualidade do gramado, a gente passa oito nove dias fora, não melhora absolutamente nada. Nem água eles têm capacidade de colocar para a bola rolar o mais rápido possível. (…) Repito, um gramado que não tem a mínima condição. É preferível ter um gramado sintético do que jogar neste gramado aqui. Aliás, é uma ideia, talvez para não perder jogo de Seleção eles não coloquem sintético. É triste ter que falar isso, mas deveriam colocar para preservar um gramado, oito dias de intervalo e não conseguem fazer nada pelo gramado, nem água conseguem colocar direito no gramado” , disse o treinador.



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