Morre bebê de 1 ano e 3 meses espancado em Jundiaí (SP)


A criança deu entrada na UPA Vetor Oeste na última sexta-feira (19)
Hospital Universitário de Jundiaí/Reprodução

A criança deu entrada na UPA Vetor Oeste na última sexta-feira (19)

O Hospital Universitário de Jundiaí, no interior de São Paulo, confirmou nesta quinta-feira (25) o falecimento do bebê  de 1 ano e 3 meses, internado desde sexta-feira (19) após sofrer agressões; o óbito foi constatado às 17h50.

Em nota, a instituição afirmou: ” É com profundo pesar que o Hospital Universitário informa o falecimento da paciente M.L., de 1 ano e 3 meses, o óbito foi constatado nesta data às 17h e 50 min. Manifestamos nossos sentimentos. ” O hospital esclareceu ainda que ” não foi morte encefálica. Não concluímos o processo. Foi morte natural.

A criança havia dado entrada na UPA Vetor Oeste em estado grave, apresentando quatro paradas cardiorrespiratórias antes de ser transferida ao HU.

O laudo médico apontou hemorragia cerebral, contusão pulmonar, sinais de desnutrição e múltiplas lesões em diferentes estágios de cicatrização, incluindo fraturas de clavícula, braços e dedos, queimaduras circulares no couro cabeludo e pescoço, unhas arrancadas e marcas de mordidas compatíveis com arcada dentária adulta.

Investigações

A mãe da criança, de 23 anos, foi presa preventivamente após ser detida em flagrante na UPA. O delegado responsável classificou as agressões como ” quase tortura “. As explicações dadas por ela não condizem com as lesões, segundo a equipe médica.

O bebê já havia recebido atendimento no Hospital Universitário em fevereiro deste ano, quando também foram observados sinais de desnutrição e marcas de violência. O Conselho Tutelar acompanhava a família, mas deixou de ser informado quando a mãe mudou de endereço.

A Polícia Civil investiga o caso como tentativa de homicídio, com acompanhamento do Ministério Público.

O Conselho Tutelar é alvo de questionamentos por possível omissão, e a Câmara Municipal de Jundiaí aprovou abertura de CPI para apurar a atuação do órgão.

A Prefeitura solicitou ainda a abertura de sindicância e sugeriu o afastamento cautelar dos conselheiros durante as investigações.



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