
Reconhecimento de Estado palestino premia o terrorismo do Hamas
Canadá, Inglaterra, França, Irlanda e Portugal estão entre as nações do chamado mundo livre que, nos últimos dias, anunciaram o reconhecimento de um Estado palestino. O que isso significa? Em termos práticos, nada — já que tal reconhecimento depende de exigências que, neste caso, não são cumpridas.
A Convenção de Montevidéu estabelece quatro requisitos para a criação de um Estado: população permanente, território definido, governo constituído e capacidade de manter relações internacionais.
Ainda assim, se por um lado o reconhecimento não leva à criação efetiva de um Estado palestino, por outro envia uma mensagem perigosa ao mundo: o terrorismo compensa. Afinal, essa é a resposta de líderes de países importantes a um grupo terrorista que realizou o pior ataque a judeus desde o Holocausto e que continua usando sua população como escudo humano.
Ao reconhecer um Estado palestino sem exigir a remoção do Hamas , os líderes citados mostram-se incapazes de comover-se com o assassinato brutal de 1,2 mil israelenses em um único dia e com as contínuas ameaças de novos ataques. Igualmente grave: recusam solidariedade aos próprios civis palestinos, submetidos ao regime opressor do Hamas.
A posição da Itália, Singapura e Indonésia
A Itália explicou por que não reconhecerá um Estado palestino neste momento. “Reconhecer a Palestina não resolve o problema nem traz resultados para os palestinos. A pressão deve ser contra o Hamas, que começou a guerra e impede que ela termine” , afirmou a premiê Giorgia Meloni.
O presidente da Indonésia, Prabowo Subianto, que governa a mais populosa nação muçulmana do mundo, declarou: “Devemos respeitar e garantir a segurança de Israel. Só então poderemos ter paz real.” O ministro do Exterior de Singapura acrescentou que seu país “só reconhecerá um Estado palestino quando ele tiver um governo que efetivamente aceite o direito de Israel existir e categoricamente renuncie ao terrorismo” .
Até mesmo a Liga Árabe — que reúne países como Jordânia, Egito, Catar e Arábia Saudita — anunciou recentemente seu rompimento com o Hamas, reconhecendo ser inviável a criação de um Estado palestino sob o comando do grupo.
O senador norte-americano Lindsey Graham foi abertamente crítico: o Ocidente estaria reconhecendo um “Estado palestino mítico, sem líderes, fronteiras ou capital”. E alertou:
“Oitenta anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial, em que 6 milhões de judeus foram mortos por nazistas simplesmente por serem judeus, o chamado mundo civilizado está recompensando os nazistas modernos religiosos com a designação arbitrária de um Estado palestino.
“Para aqueles líderes ocidentais que abraçam essa ação: eu não acredito que vocês sejam antissemitas, apenas chocantemente ignorantes e cegos a respeito do que estão fazendo.
“Democracias ocidentais que reconhecem um Estado palestino mítico – sem líderes, sem fronteiras, sem uma capital ou sem espaço para acomodar as necessidades de segurança de Israel – estão recompensando o maior assassinato de judeus desde a Segunda Guerra. Por causa dessas ações, o 7 de outubro é agora considerado o ‘dia da libertação’ entre os países do mundo terrorista islâmico.
“Hamas, Hezbollah, Irã e os Houthis não desejam dois Estados: eles desejam destruir o povo judeu e empurrar os judeus ao mar. Essas são palavras deles, não minhas.”
A consagração do terror
O deputado português Tiago Moreira de Sá destacou outro aspecto fundamental: “As concessões que a política e a diplomacia não conquistaram em décadas seriam obtidas, afinal, num só golpe de violência primitiva: decapitações, violações, mutilações, imolações e sequestros em massa — a consagração do terror como ato político fundador.”
IG Último Segundo