Taça dividida? Confira como foi último título de Pelé pelo Peixe


Santos e Portuguesa tiveram que dividir um título após erro da arbitragem
Reprodução/Instagram/Pelé

Santos e Portuguesa tiveram que dividir um título após erro da arbitragem

Em 1973 ainda não existia o VAR, sigla que em português significa  árbitro assistente de vídeo.  Mas foi a empolgação dos jogadores do Peixe que deixaram o responsável pela partida confuso, e o título do Campeonato Paulista daquele ano foi dividido entre duas esquipe: Santos e Portuguesa. A competição ficou marcada também por ser a última vez que o Pelé levantou uma taça pelo alvinegro da Vila Belmiro.

Em 26 de agosto de 1973 o Rei do Futebol venceu uma competição pelo Santos FC pela última vez, e cerca de um ano depois ele deixou a equipe após 18 anos vitoriosos. Pelé conquistou dois mundiais pelo Peixe, duas Libertadores, quatro torneiros Rio-São Paulo, seis títulos brasileiros (Taça Brasil e Torneio Roberto Gomes Pedrosa que foram unificados como Campeonato Brasileiro, uma Recopa Sul-Americana e dez títulos paulistas.

Mas, apesar da grandeza das várias competições, uma se destacou pela curiosidade em dividir a taça com a equipe adversária após erro do árbitro da partida.

Paulista de 1973: erro da arbitragem e último título do Rei pelo Santos

A polêmica decisão do Campeonato, que completa 52 anos nesta terã-feira (26), entre Santos e Portuguesa, ficou marcada pelo erro do árbitro Armando Marques. A partida, com um público recorde no Morumbi, seguiu para as penalidades após um 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação. Quando o placar das cobranças estava em 2 a 0 para o Santos, o árbitro encerrou o jogo de forma prematura, declarando o time da Vila Belmiro como campeão.

O erro foi matemático. Armando Marques não se deu conta de que, apesar da grande desvantagem, a Portuguesa ainda tinha chances remotas de empatar. Restavam duas cobranças para a equipe, enquanto o Santos tinha outras duas. Com uma combinação de acertos da Lusa e erros do Peixe, o empate ainda era uma possibilidade. 

A confusão resultou em um desfecho inusitado. Enquanto o Santos celebrava em campo, a Portuguesa, orientada pelo técnico Otto Glória, deixou o estádio. Sem tempo no calendário para uma nova partida e com o Campeonato Brasileiro se aproximando, a Federação Paulista de Futebol (FPF) e as diretorias dos clubes, decidiram dividir o título.

A final tornou-se uma das histórias mais bizarras do futebol brasileiro.



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