Eleito nesta segunda-feira (25) novo presidente do Corinthians, com a missão de cumprir o restante do mandato em vigor, até dezembro de 2026, Osmar Stabile, 71, não descartou a participação de integrantes de gestões passadas em sua diretoria.
“Eu não posso falar se vai ter nome ou não, porque não sei. Se tiver alguém competente, não vejo problema nenhum”, afirmou.
Enquanto o Conselho Deliberativo realizava a votação indireta —na qual Stabile superou Antonio Roque Citadini e André Castro—, torcedores organizados exibiam na parte externa do Parque São Jorge uma faixa de protesto contra a possibilidade de membros do grupo Renovação e Transparência voltarem a ocupar cargos no clube. A chapa, liderada pelo ex-presidente Andrés Sanchez, esteve no poder por 16 anos, até 2023, quando Augusto Melo venceu a eleição.
A declaração do novo mandatário gerou reação imediata. Durante a entrevista de Stabile, o presidente da Gaviões da Fiel, acompanhado de representantes de outras torcidas, tomou a palavra no auditório e avisou que o dirigente passará a conviver com protestos caso abra espaço para nomes ligados à Renovação e Transparência.
“Figurinhas carimbadas não estarão na gestão”, rebateu Stabile.
Ao ser questionado sobre as prioridades de sua administração, o presidente reconheceu que a lista é extensa, mas apontou a situação financeira como principal problema. No momento, a maior dificuldade é resolver junto à Fifa o transfer ban que impede o registro de novos atletas até a quitação da dívida de US$ 6,1 milhões (R$ 33,4 milhões) com o Santos Laguna, pela contratação do zagueiro Félix Torres.
“Fizemos mais do que três propostas [ao Santos Laguna]”, disse. “A Fifa entendeu e falou com o Santos Laguna. O Santos Laguna já respondeu para a Fifa e apresentou as propostas que fizemos. Estamos aguardando, porque eles não quiseram abrir negociação em virtude de tentativas anteriores que não avançaram”, completou.
Folha de S.Paulo
