
Dono da rede Ultrafarma, Sidney Oliveira é preso em operação contra esquema de corrupção
A Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo afastou seis auditores fiscais da Receita Estadual na última sexta-feira (22), em decorrência das apurações da Operação Ícaro, que possui o envolvimento de Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma.
A medida também se aplica a Arthur Gomes da Silva Neto, que já havia sido exonerado.
A Operação Ícaro, conduzida pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), investiga supostas irregularidades no ressarcimento do ICMS-ST, com indícios de pagamento de propina por grandes empresas a auditores fiscais em troca de benefícios tributários.
Entre os alvos da investigação estão o dono da Ultrafarma, Sidney Oliveira, e o diretor da Fast Shop, Adalberto Santos, que chegaram a ser presos.
Em nota, o governo estadual informou que determinou os afastamentos e reforçou que colabora com todas as investigações, com o objetivo de recuperar recursos públicos. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) destacou que as medidas visam impedir a impunidade e assegurar que os valores desviados retornem aos cofres públicos.
“Em São Paulo não haverá espaço para a impunidade. Determinamos o afastamento dos servidores e estamos colaborando com todas as investigações. A punição vai ser rigorosa em todas as esferas para garantir que cada centavo retorne aos cofres públicos. Não valor tolerar desvio de conduta. A gente vai afastar, investigar, punir e recuperar o recurso, e todos os envolvidos sofrerão as consequências” , afirmou o governador.
Pasta revogou normas
A Sefaz-SP também abriu sete processos administrativos disciplinares e deu início a outras 20 apurações preliminares sobre evolução patrimonial e indícios de irregularidades.
A pasta revogou normas que regulamentavam o complemento e devolução de impostos e instituiu auditorias fiscais obrigatórias para todos os pedidos de ressarcimento até a revisão completa dos protocolos.
Um grupo de trabalho foi criado no dia 15 para revisar regras de conformidade, reestruturar o processo e incorporar soluções tecnológicas e cruzamentos automatizados de dados.
A Operação Ícaro revelou um esquema bilionário de fraudes tributárias no estado, envolvendo corrupção ativa e passiva.
As investigações apontam que auditores manipulavam processos fiscais para favorecer empresas, gerando prejuízos significativos aos cofres públicos. Além de prisões e afastamentos, foram cumpridos mandados de busca e apreensão e realizados bloqueios de bens.
IG Último Segundo