Brasil leva inédita prata no Mundial de Ginástica Rítimica – 23/08/2025 – Esporte


O Brasil conquistou neste sábado (23) a medalha de prata no conjunto geral no Campeonato Mundial de Ginástica Rítmica, disputado pela primeira vez na América do Sul, no Rio de Janeiro. O pódio do país na competição, a mais importante da modalidade depois dos Jogos Olímpicos, era inédito.

O Japão conquistou o ouro, com pontuação de 55.550, e a Espanha levou a medalha de bronze, com nota total de 54.450.

A primeira apresentação da equipe brasileira, na série mista —com o uso de três bolas e dois arcos— foi embalada por “Evidências”, de Chitãozinho e Xororó, e levantou a torcida da Arena Carioca 1, no Parque Olímpico do Rio. O grupo formado pelas atletas Maria Eduarda Arakaki, Maria Paula Caminha, Mariana Gonçalves, Sofia Pereira e Nicole Pircio mostrou uma performance exemplar e alcançou a nota 27.850.

Pouco depois, a equipe comandada pela técnica Camila Ferezin voltou para a apresentação da série simples –com o uso de fitas– e registrou a nota 27.400, mais baixa devido a pequenos erros de execução. A apresentação foi acompanhada das canções “O Que É o Que É?”, “Aquarela do Brasil”, “Come to Brazil” e “Samba do Brasil”.

Com nota total de 55.250, o país assumiu a liderança de seu grupo, à frente da China, atual campeã olímpica.

Em seguida, o segundo grupo, de 18 equipes, se apresentou nas séries simples e mista. O Brasil se manteve na primeira colocação até a segunda rotação do Japão, poucos minutos antes do encerramento das apresentações. O país asiático garantiu a nota 28.350 na série mista e empurrou a equipe brasileira para a segunda colocação.

Com os resultados deste sábado –o Brasil terminou entre as oito primeiras equipes em cada conjunto–, o país também disputará neste domingo (24) as finais das séries simples e mista.

Logo depois das apresentações da equipe brasileira, Ferezin comemorou o desempenho do grupo: “A gente está muito feliz. Foi exatamente como a gente sonhou: casa cheia, o público torcendo, cantando as músicas, vibrando e elas conseguiram controlar a emoção”.

A ginasta Nicole Pircio lembrou a preparação da equipe, que incluiu simular a pressão da torcida durante as apresentações: “Trabalhamos desde os mínimos detalhes até aqueles lançamentos mais difíceis. Nós nos preparamos para a torcida. Nos treinos, colocávamos a torcida do Flamengo, que faz um barulhão, e tentávamos projetar ao máximo esse momento aqui no Mundial”. “Foi incrível, o brasileiro passou toda a energia, mas o nosso foco era total.”



Folha de S.Paulo