Domicílios com um só morador chegam a 18,6% no Brasil


As regiões Sudeste e Centro-Oeste registraram as maiores proporções em 2024
Reprodução – 05.04.2022

As regiões Sudeste e Centro-Oeste registraram as maiores proporções em 2024

A proporção de domicílios  unipessoais no Brasil, aqueles formados por apenas um morador, passou de 12,2% em 2012 para 18,6% em 2024.

Os dados são da PNAD(Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, divulgada pelo IBGE, e apontam um aumento de 6,4 pontos percentuais no período.

As regiões Sudeste e Centro-Oeste registraram as maiores proporções em 2024, com 19,6% e 19,0% de domicílios compostos por moradores únicos, respectivamente. A menor taxa foi observada na Região Norte, com 15,2%.

O analista da pesquisa, William Kratochwill, explicou ao Agência Notícias do IBGE que a migração por motivos profissionais ajuda a compreender parte desse movimento.

Segundo ele, em grandes centros como Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, é comum que trabalhadores se estabeleçam sozinhos antes de trazer a família para o novo local de emprego.

Perfil dos moradores

Os dados também revelam diferenças de perfil entre os moradores que vivem sozinhos
Governo do Estado de São Paulo/Divulgação

Os dados também revelam diferenças de perfil entre os moradores que vivem sozinhos

Os dados também revelam diferenças de perfil entre os moradores que vivem sozinhos. Em 2024, 12,5% estavam na faixa etária de 15 a 29 anos, 47,0% tinham entre 30 e 59 anos e 40,5% tinham 60 anos ou mais. No recorte por gênero, 55,1% eram homens e 44,9% mulheres.

Entre os homens, a maior concentração ocorreu entre aqueles de 30 a 59 anos, que somaram 57,2% do total, seguidos por idosos de 60 anos ou mais, com 28,2%. Já entre as mulheres, o grupo predominante foi o de 60 anos ou mais, representando 55,5%.

De acordo com Kratochwill, uma parte significativa desse perfil feminino está relacionada ao final do ciclo da vida, quando os filhos saem de casa ou o parceiro falece.

O levantamento integra a análise mais ampla do IBGE sobre as condições de moradia no país, que inclui coleta de lixo, tratamento de esgoto, abastecimento de água, estrutura dos domicílios e posse de bens duráveis.

O estudo também aponta mudanças nos arranjos familiares e uma tendência de envelhecimento da população.



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