
As regiões Sudeste e Centro-Oeste registraram as maiores proporções em 2024
A proporção de domicílios unipessoais no Brasil, aqueles formados por apenas um morador, passou de 12,2% em 2012 para 18,6% em 2024.
Os dados são da PNAD(Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, divulgada pelo IBGE, e apontam um aumento de 6,4 pontos percentuais no período.
As regiões Sudeste e Centro-Oeste registraram as maiores proporções em 2024, com 19,6% e 19,0% de domicílios compostos por moradores únicos, respectivamente. A menor taxa foi observada na Região Norte, com 15,2%.
O analista da pesquisa, William Kratochwill, explicou ao Agência Notícias do IBGE que a migração por motivos profissionais ajuda a compreender parte desse movimento.
Segundo ele, em grandes centros como Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, é comum que trabalhadores se estabeleçam sozinhos antes de trazer a família para o novo local de emprego.
Perfil dos moradores

Os dados também revelam diferenças de perfil entre os moradores que vivem sozinhos
Os dados também revelam diferenças de perfil entre os moradores que vivem sozinhos. Em 2024, 12,5% estavam na faixa etária de 15 a 29 anos, 47,0% tinham entre 30 e 59 anos e 40,5% tinham 60 anos ou mais. No recorte por gênero, 55,1% eram homens e 44,9% mulheres.
Entre os homens, a maior concentração ocorreu entre aqueles de 30 a 59 anos, que somaram 57,2% do total, seguidos por idosos de 60 anos ou mais, com 28,2%. Já entre as mulheres, o grupo predominante foi o de 60 anos ou mais, representando 55,5%.
De acordo com Kratochwill, uma parte significativa desse perfil feminino está relacionada ao final do ciclo da vida, quando os filhos saem de casa ou o parceiro falece.
O levantamento integra a análise mais ampla do IBGE sobre as condições de moradia no país, que inclui coleta de lixo, tratamento de esgoto, abastecimento de água, estrutura dos domicílios e posse de bens duráveis.
O estudo também aponta mudanças nos arranjos familiares e uma tendência de envelhecimento da população.
IG Último Segundo