Ex-Fluminense e Barcelona revela tensão em guerra na Ucrânia


Marlon Santos, do Shakhtar, revela tensão em guerra na Ucrânia
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Marlon Santos, do Shakhtar, revela tensão em guerra na Ucrânia

Após testemunhar a escalada da Guerra Russo-Ucraniana e passar por uma série de empréstimos, o zagueiro Marlon Santos, que foi campeão da Libertadores pelo Fluminense e possui passagem pelo Barcelona, está de volta ao Shakhtar Donetsk. O atleta brasileiro revelou em entrevista exclusiva à Flashscore, plataforma líder global em resultados e estatísticas ao vivo, que retornar ao clube europeu era um desejo antigo.

Marlon Santos jogou apenas 22 vezes em sua primeira passagem pelo Shakhtar. As lembranças do início da guerra, momento que mudou sua carreira para sempre, ainda estão vivas. Para Marlon, uma característica da comunidade ucraniana que se destaca em tempos tão sombrios é a resiliência, que pode ser percebida desde os jogadores até a comissão técnica do clube.

“Cheguei a falar com o meu empresário: ‘Cara, por mais que a gente converse com outros clubes, o nosso interesse, o nosso desejo, a nossa prioridade é sempre o Shakhtar.’ É muito gratificante poder voltar para um clube que tem um histórico de grandes jogadores brasileiros, de ser essa porta de entrada para o futebol europeu”, afirmou Marlon.

Mesmo com o cenário que vive a Ucrânia, Marlon disse que sentia uma grande vontade de retornar ao time, tanto para ajudar a equipe com o objetivo de lutar por uma vaga nas grandes competições internacionais, quanto para voltar ao alto nível do seu futebol. O atleta relembrou dos momentos de aflição vividos na sua primeira passagem, durante o início do confronto.

“Nós, brasileiros, ficamos juntos o tempo todo e, graças a Deus, saímos sem problemas. O clube nos ajudou com a hospedagem. Ficamos quatro dias em um hotel e dormimos lá. Tínhamos algo para comer e beber, é claro. Mas, num cenário de guerra, quatro dias são como um mês, a gente também sente essa dor junto com eles quando acontece um atentado, quando a gente sabe que pessoas foram mortas”, disse o zagueiro brasileiro.

Retorno

Mas desde o início, o zagueiro brasileiro sabia que precisava retornar ao clube ucraniano. Algo que não estava apenas em sua mente, era um sentimento compartilhado com sua família. Não se abalando com o momento do país, Marlon optou por retornar para onde se sentiria melhor e acredita que o Shakhtar é a melhor opção para alavancar novamente sua carreira ao futebol mundial.

“Desde o início, eu via a bandeira ucraniana o tempo todo, e quando falávamos do Shakhtar, eu e minha esposa, mesmo com todo esse cenário externo, de guerra, sentíamos paz, sentíamos essa vontade de voltar. Era hora de voltar. Aqui estamos, e estamos muito felizes e realizados”, concluiu o atleta.



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