Ciclone extratropical se afasta e calor aumenta instabilidade


Ciclone
Nasa/Reprodução

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O ciclone extratropical  que provocou ventos intensos no Sul do Brasil entre terça (19) e quarta-feira (20) começa a se afastar do continente nesta quinta-feira (21), enquanto a chegada de ar quente aumenta a instabilidade no Rio Grande do Sul, com previsão de chuva, raios e risco de granizo isolado a partir do fim da tarde.

Os ventos, que chegaram a 109,4 km/h em Rolante, causaram falta de luz e danos em diversas cidades do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.

Na Serra catarinense, Urupema registrou 105,8 km/h, enquanto Cambará do Sul, marcou 96,6 km/h. Em São Francisco de Paula, a velocidade alcançou 90,5 km/h.

Em Porto Alegre, o sul da cidade registrou picos de 78 km/h e 80 km/h durante a madrugada de quarta-feira. No Aeroporto Salgado Filho, a medição chegou a 81 km/h.

Outras cidades gaúchas também tiveram rajadas fortes, como Soledade (87,1 km/h), Restinga Seca (82,1 km/h), Rio Grande (78,6 km/h), Canguçu (77 km/h), Campo Bom (75,6 km/h) e Estrela (70,8 km/h).

Avança com calor no Rio Grande do Sul

Segundo a MetSul Meteorologia, o afastamento do ciclone não será acompanhado por ar frio, mas sim pela entrada de ar quente que favorece a formação de instabilidade.

O tempo firme deve predominar apenas no início do dia em parte do estado do Rio Grande do Sul, com sol e nuvens. No entanto, a partir da tarde, áreas do oeste, centro e noroeste podem registrar chuva acompanhada de descargas elétricas e granizo.

A madrugada e manhã de sexta-feira (22) devem ter instabilidade em grande parte do território gaúcho. No decorrer do dia, a chuva se concentra na metade sul, enquanto o oeste, centro e norte terão retorno do sol e temperaturas elevadas, podendo ultrapassar os 25 °C em algumas cidades.

Histórico do fenômeno

O ciclone começou a atuar sobre o Brasil na terça-feira (19), segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), provocando rajadas de até 100 km/h no litoral gaúcho.

O alerta de vendaval se estendeu também a Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, com registros de ventos entre 40 km/h e 80 km/h.

Na época, a Defesa Civil do Rio Grande do Sul orientou reforço em telhados e atenção a quedas de árvores e postes de energia. O Inmet também destacou riscos de interrupções no fornecimento elétrico, principalmente no interior gaúcho e em áreas do litoral.



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