Índia testa míssil com capacidade nuclear para atingir a China


O míssil Agni-5, exposto em evento do governo chinês
Reprodução

O míssil Agni-5, exposto em evento do governo chinês

O governo da Índia informou, nesta quarta-feira (20), que testou com sucesso um míssil balístico de alcance intermediário que, quando operacional, deverá ser capaz de atingir China. A informação foi divulgada pela agência France-Press.

O míssil Agni-5 foi lançado no estado de Odisha, no leste da Índia, e as autoridades disseram que ele “validou todos os parâmetros operacionais e técnicos”.

Índia e China, as duas nações mais populosas do mundo, são países que competem por influência no sul da Ásia. Desde 2020, quando houve um confronto mortal na fronteira, a relação ficou ainda mais tensa.

A Índia também faz parte da aliança de segurança Quad, com os Estados Unidos, Austrália e Japão, que é vista como um contraponto à China.

Reaproximação

Em outubro do ano passado, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, encontrou-se com o líder chinês, Xi Jinping, pela primeira vez em cinco anos, em uma cúpula na Rússia.

Presos na turbulência comercial e geopolítica global desencadeada pela guerra tarifária de Donald Trump, Déli e Pequim têm se mobilizado para reatar laços.

Modi deve fazer sua primeira visita à China, desde 2018, no final deste mês, para participar da cúpula da Organização de Cooperação de Xangai – um bloco de segurança regional.

Laços abalados com EUA

Enquanto isso, os laços entre Nova Déli e Washington foram abalados pelo ultimato do presidente Donald Trump para que a Índia encerrasse suas compras de petróleo russo, uma importante fonte de receita para Moscou, que conduz sua ofensiva militar na Ucrânia.

Os EUA afirmam que dobrarão as novas tarifas de importação sobre a Índia de 25% para 50% até 27 de agosto, caso Nova Déli não troque de fornecedor de petróleo bruto.

Paquistão

O míssil Agni-5 também faz parte da estratégia de defesa da Índia contra o Paquistão.

O rival da Índia também possui armas nucleares e os dois países chegaram perto de uma guerra, em maio, depois que militantes mataram 26 pessoas na Caxemira, administrada pela Índia, um ataque que Nova Déli atribuiu à capital  Islamabad.

O Paquistão negou qualquer envolvimento.



IG Último Segundo