Saiba quando o Cometa Halley se aproxima da terra de novo


Cometa Halley se aproxima da terra de novo; saiba quando
NASA/W. Liller/Wikimedia Commons)

Cometa Halley se aproxima da terra de novo; saiba quando

O cometa Halley  é considerado o mais famoso da história. Classificado como um cometa periódico, ele retorna à vizinhança da Terra, em média, a cada 76 anos, o que permite que uma pessoa possa vê-lo até duas vezes na vida, se tiver sorte. Sua última aproximação ocorreu em 9 de fevereiro de 1986, e o próximo encontro com o nosso planeta está previsto para 2061. As informações são do canal Astroom.

Assim como outros cometas, o Halley é formado por poeira, rochas e gelo, resquícios congelados da formação do Sistema Solar. Medindo cerca de 15 km por 8 km, é um dos objetos mais escuros do espaço, refletindo pouca luz. Sua órbita ao redor do Sol percorre aproximadamente 12,2 bilhões de quilômetros, e pequenas variações no trajeto fazem com que o intervalo entre suas passagens oscile de 75 a 79 anos.

Um painel da tapeçaria de Bayeux mostrando pessoas olhando para o que mais tarde seria conhecido como cometa Halley.
Por Myrabella – Trabalho próprio,Domínio público

Um painel da tapeçaria de Bayeux mostrando pessoas olhando para o que mais tarde seria conhecido como cometa Halley.

O Halley recebeu o nome do astrônomo inglês Edmund Halley, que, no século XVII, analisou registros de aparições nos anos de 1531, 1607 e 1682 e concluiu que se tratava do mesmo cometa retornando. Ele previu corretamente a volta do astro em 1758, mas morreu antes de presenciar o feito.

Ao longo da história, o Halley já proporcionou espetáculos celestes memoráveis. A passagem de 837 foi a mais próxima já registrada, a apenas 5 milhões de quilômetros da Terra, com brilho comparável ao do planeta Vênus.

Cometa Halley se aproxima da terra de novo; saiba quando
Nasa

Cometa Halley se aproxima da terra de novo; saiba quando

Em 1910, ele foi fotografado pela primeira vez e, em 1986, sondas espaciais (apelidadas de “Halley Armada”) se aproximaram do núcleo para coletar dados inéditos. Entre elas estavam as Vega 1 e 2 (soviéticas e francesas), as japonesas Suisei e Sakigaki, e a europeia Giotto, que obteve as primeiras imagens detalhadas do núcleo.

Mesmo distante, o Halley continua a deixar sua marca todos os anos. Durante suas passagens, libera poeira e detritos que, ao cruzarem a órbita terrestre, originam chuvas de meteoros como as Oriônidas (em outubro) e as Eta Aquáridas (em maio).

Com o passar do tempo, cometas perdem parte de seu material superficial, podendo eventualmente se transformar em massas rochosas inativas. No caso do Halley, estimativas indicam que ele está em sua órbita atual há pelo menos 16 mil anos.

A expectativa para 2061 é de que o cometa seja ainda mais brilhante que em 1986, atingindo magnitude aparente de -0,3, visível a olho nu. Muito mais do que um fenômeno astronômico, o Halley é um elo entre gerações, testemunhando silenciosamente mudanças na Terra e na humanidade. Para milhões de pessoas, vê-lo passar é uma experiência única, e, para as próximas gerações, uma oportunidade rara de observar um verdadeiro viajante do tempo no céu noturno.



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