
Senado debate condições de trabalho de mulheres frentistas
As condições de trabalho das mulheres frentistas serão discutidas em audiência pública da Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado nesta segunda-feira (11), a partir das 9h. O encontro vai acontecer depois de denúncias de assédio moral e sexual, além de relatos de recusa para afastamento de grávidas, de ambientes insalubres e demissões motivadas por reivindicações trabalhistas. As informações são do Senado e do site Brasil Postos.
O debate foi sugerido pela Federação Nacional dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo (Fenepospetro) e pela Federação dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Fepospetro).
Também foram convidadas representantes de sindicatos, órgãos de defesa dos direitos das mulheres e integrantes dos ministérios do Trabalho e Emprego, dos Direitos Humanos e da Cidadania, e das Mulheres.
Entre as trabalhadoras que vivenciam a rotina nos postos de combustíveis está Andrea do Nascimento Fontes, 37 anos, frentista há 12 anos e uma das pioneiras na função.
Ela contou ao site do Brasil Postos que, quando começou, havia poucas mulheres no setor e o trabalho exigia adaptação, por envolver esforço físico e tarefas como abastecimento, recebimento de carretas de combustível, análise de produto, conferência de estoque e calibragem de pneus.
Andrea lembrou ao portal que, no passado, muitas vezes era a única mulher no posto, mas que hoje já divide espaço com outras colegas. Para ela, o mercado está mais receptivo, embora ainda haja preconceito.
“A gente é capaz e tem que acreditar nisso. Acho que vale a pena correr atrás dos nossos sonhos e não se importar com o preconceito”, afirmou.
Formada em Recursos Humanos, a frentista também sonha em mudar de área futuramente.
“Ainda não consegui trabalhar com RH por falta de experiência, mas tenho foco e pretendo correr atrás”, disse.
A audiência no Senado será transmitida ao vivo e pode resultar em propostas para melhorar as condições de trabalho, garantir a proteção das mulheres e combater o assédio no setor.
IG Último Segundo