O governador Cláudio Castro se reuniu, nesta quinta-feira (7), em Brasília, com chefes de Executivo de vários estados para discutir os impactos do tarifaço — a taxa de exportação de 50% imposta pelos Estados Unidos ao Brasil, em vigor desde quarta-feira (6).
O encontro teve como objetivo avaliar prejuízos econômicos e pressionar o Governo Federal a negociar o fim da medida.
“Esta é uma crise que exige união e estratégia. O Rio de Janeiro é o segundo maior exportador para os EUA e não pode ficar à mercê de decisões que afetam empregos e empresas. Estamos agindo desde julho, com um Grupo de Trabalho específico, e queremos que o Governo Federal negocie com a mesma energia”, afirmou Castro.
Ações definidas
Os governadores decidiram cobrar mais efetividade e transparência nas tratativas com Washington, além de articular apoio no Congresso Nacional por meio das bancadas estaduais. Também pediram medidas para preservar empregos e socorrer setores produtivos atingidos, como linhas especiais de financiamento para empresas.
Segundo a Firjan, o impacto no PIB do Rio pode chegar a R$ 123 milhões. Em 2024, 48 municípios fluminenses exportaram para os EUA, e 2% dessas vendas estarão sujeitas à nova tarifa, com destaque para petróleo refinado e produtos siderúrgicos.
Exportações em risco
O Rio é o segundo maior estado exportador para o mercado norte-americano. Somente em 2024, enviou US$ 7,4 bilhões em produtos; no primeiro semestre de 2025, o volume chegou a US$ 3,2 bilhões.
Participaram da reunião os governadores Tarcísio de Freitas (SP), Ibaneis Rocha (DF), Ronaldo Caiado (GO), Ratinho Junior (PR), Romeu Zema (MG), Wilson Lima (AM), Jorginho Melo (SC) e Mauro Mendes (MT).
Tupi.FM
