Pacífico completa meio ano sem El Niño ou La Niña


Pacífico vai para meio ano sem os fenômenos El Niño e La Niña
Reprodução/Noaa

Pacífico vai para meio ano sem os fenômenos El Niño e La Niña

O Oceano Pacífico Equatorial está há cerca de seis meses sem a presença dos fenômenos El Niño ou La Niña.  A fase de neutralidade climática  começou no fim do verão e deve continuar pelo menos até o fim do inverno, segundo dados recentes da  NOAA, a agência de clima dos Estados Unidos.

A temperatura do mar no Pacífico Equatorial apresenta “neutralidade”, ou seja, pequenas variações nos termômetros. No centro do oceano, a água está mais fria e, perto da América do Sul, um pouco mais quente. No entanto, essas oscilações são muito baixas para caracterizar algum dos fenômenos.

Esse comportamento quebra uma tendência dos últimos anos, em que o El Niño e o La Niña estavam se alternando rapidamente. Por isso, a neutralidade não significa um clima mais estável.

O clima tem registrado extremos, como as enchentes na Argentina em maio e no Rio Grande do Sul, com acumulados próximos de 500 mm em algumas cidades, por exemplo.

Os modelos climáticos da MetSul  indicam que essa estabilidade deve seguir pelos próximos meses, com pequenas oscilações na temperatura do mar. Segundo a NOAA, há 56% de probabilidade do clima se manter neutro agosto e outubro, com uma pequena chance da chegada do La Niña na primavera.

El Niño x La Niña

El Niño e La Niña são dois fenômenos climáticos relacionados à temperatura do Oceano Pacífico.

O primeiro ocorre num intervalo de cinco a sete anos e é caracterizado pelo aquecimento anormal das águas, que altera a circulação atmosférica e, consequentemente, os níveis de chuva e as temperaturas em vários locais do planeta.

No Brasil, o El Niño traz chuvas para a região Sul. No Sudeste e Centro-Oeste, aumentam as temperaturas e as pancadas irregulares. No Norte e Nordeste, há uma redução das chuvas, o que colabora para secas severas.

O La Niña é o oposto, ou seja, resfriamento das águas do Oceano Pacífico. Geralmente, ocorre num intervalo de dois a sete anos e pode durar entre nove meses e um ano.

Entre os efeitos associados ao La Niña estão o aumento das chuvas no Norte e Nordeste do Brasil, seca no Centro-Sul e clima mais seco no Sul, além de maior variação térmica devido à entrada de massas de ar frio.



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