
Pelo menos cinco suspeitos de envolvimento na morte do Adalberto Amarilio dos Santos Júnior, de 35 anos, no início de junho, em São Paulo, estão sendo investigados pela Polícia Civil. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (18), em entrevista coletiva.
O empresário desapareceu no dia 30 de maio, uma sexta-feira, depois de ir a um festival de motos no Autódromo de Interlagos, na zona sul da capital.
No dia 3 de junho, seu corpo foi encontrado, sem calça e sem tênis, em um buraco com cerca de três metros de profundidade e 70 centímetros de diâmetro, em uma obra dentro do autódromo.
Cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos na manhã desta sexta-feira, segundo os policiais.
Em uma das residências, o suspeito não foi encontrado.
Os outros quatro investigados – um representante da empresa contratada para fazer a segurança no evento em que Adalberto foi morto e mais três pessoas também ligadas à segurança, foram os alvos da operação da PC nesta sexta.
Eles foram conduzidos à delegacia para esclarecimentos.
Todos os investigados estavam no autódromo trabalhando na segurança do evento em postos de liderança.
O que levantou suspeita é que dois deles não tinham seus nomes na lista de profissionais fornecida à polícia pela empresa.
Cinco notebooks e sete celulares, além de 21 munições de calibre 38, foram apreendidos na operação.
O proprietário da munição foi autuado e pagou fiança para ser liberado. O homem, que é lutador de jiu jitsu, tem passagens pela polícia por furto, associação criminosa e ameaça.
Ele é o principal suspeito, segundo as declarações dos investigadores. Foi o único do grupo que não voltou para trabalhar no evento no dia seguinte à morte do empresário.
Ainda de acordo com a polícia, os dispositivos apreendidos nas residências dos investigados serão periciados e, dependendo dos laudos, eles serão intimados para novos depoimentos.
Laudos
Faltam muitas respostas para a solução do caso, que a polícia chama de complexo.
O laudo com a causa da morte de Adalberto Amarilio Júnior apontou a presença de terra nas suas vias aéreas dele o que indica que ele estava vivo quando foi colocado no buraco. Entretanto, não é possível afirmar se isso levou à asfixia.
Já o laudo pericial apontou escoriações no pescoço, que podem indicar que Adalberto sofreu um golpe mata-leão.
E o laudo toxicológico do Instituto Médico Legal (IML) não detectou a presença de álcool e drogas no corpo de Adalberto, o que desmente seu amigo Rafael Aliste, que já prestou dois depoimentos afirmando que Adalberto consumiu cerveja e maconha naquela noite.
E outro lado, o de DNA sobre o sangue encontrado dentro do carro de Adalberto indicou que o material genético é do próprio empresário. Um perfil feminino também foi encontrado na amostra, mas não é de sua esposa.
A Polícia Técnico-Científica também apontou resultado positivo para PSA (Antígeno Prostático Específico), indicativo de presença de proteína do sêmen na região do pênis do empresário. O que não indica, segundo o Instituto de Criminalística, que houve ato sexual no local.
As investigações prosseguem.
IG Último Segundo