Com início em março, a ação entrou na segunda fase nesta semana; cerca de 36 toneladas de algas foram recolhidas nos três primeiros dias de trabalho.
Pescadores de cinco comunidades retomaram, nesta semana, os trabalhos integrados para recolhimento de algas vivas na Lagoa de Araruama. A intervenção, denominada Mobilização Ambiental e Social do Pescador (MASP), tem como objetivo remover as algas ainda vivas no meio da lagoa, evitando o deslocamento e decomposição nas margens das praias, principalmente, do Camerum, Mossoró, Boqueirão e Baixo Grande, em São Pedro da Aldeia, e Praia do Siqueira, em Cabo Frio. Estes locais possuem baixa renovação da água por conta de seu formato e da hidrodinâmica da laguna, o que dificulta a troca natural com o mar e favorece o acúmulo de matéria orgânica.
“Desde a visualização do impacto sobre a Lagoa de Araruama, houve uma corrente de união para eliminar o problema na sua fonte e seus efeitos. Essas ações integradas foram soluções emergenciais discutidas no âmbito do Comitê de Bacia e aprovadas por eles. As ações estão sendo monitoradas, buscando atingir melhores resultados para a Lagoa e seus usuários”, disse a secretária executiva do Consórcio Intermunicipal Lagos São João, Adriana Saad
Esta é a segunda fase da ação, que recolheu 108 toneladas de algas entre março e abril. Estão participando 262 pescadores locais. Destes, 240 estão realizando os trabalhos em barcos e 15 em três píeres na orla da laguna, além de seis coordenadores de campo e um coordenador geral. A segunda fase foi iniciada nesta terça-feira (15) e, só nos três primeiros dias, foram recolhidas cerca de 36 toneladas de algas vivas.
“Esta ação vai ajudar bastante e hoje ficou provado. A ideia é retirar aquelas algas vivas, que serão aquelas que irão morrer e depois podem acabar na beira da praia, formando a lama. Com isso, limpamos também a área em que o pescador trabalha. Vai surtir efeito. É importante que tenhamos outras ações coordenadas”, destacou o diretor da Associação de Pescadores Artesanais de Ganchos de Peixe da Laguna de Araruama (APAGPLA), Roni Ribeiro.
O cronograma foi definido em conformidade com os requisitos legais e ambientais, com obtenção da licença ambiental e realização de planos de trabalho. Para a realização dos trabalhos, cada pescador recebeu um kit, com camisa, boné e protetor solar, além de ajuda de custo com combustível. As ações foram idealizadas pelo Consórcio Intermunicipal Lagos São João (CILSJ) e o Comitê de Bacia Hidrográfica Lagos São João (CBHLSJ), com o apoio da Prolagos.
ASCOM Prolagos