
Casal e intermediário foram presos em flagrante
A Polícia Civil do Amazonas prendeu três pessoas suspeitas de envolvimento em um esquema de adoção ilegal de recém-nascidos, no município de Manacapuru, no Amazonas, a 68 km da capital Manaus. Segundo os agentes, um casal é suspeito de tentar comprar um recém-nascido por R$ 500, através de um intermediário.
Foram detidos José Uberlane Pinheiro de Magalhães, de 47 anos, e o casal Luiz Armando dos Santos, de 40, e Wesley Fabiano Lourenç o, de 38.
Descoberta através de denúncia

Polícia Civil investiga o esquema de tráfico humano de recém-nascidos
Segundo a delegada Joyce Coelho, da Delegacia Especializada de Polícia (DEP) de Manacapuru, a polícia recebeu uma denúncia anônima na sexta-feira (11), via aplicativo de mensagens, com a imagem de um carro e dois homens que estariam tentando comprar um bebê recém-nascido em uma maternidade pública da cidade.
Com apoio do Conselho Tutelar, a equipe foi até a maternidade, onde quatro mulheres haviam dado à luz naquele dia. Uma delas, de 31 anos, foi identificada como a mãe do bebê envolvido, mas não pôde prestar depoimento por estar em cuidados médicos após o parto.
Durante a investigação, um dos homens chegou a se passar pelo pai biológico da criança. Ele acompanhou o parto, recebeu a Declaração de Nascido Vivo (DNV) e tentou registrar o bebê, mas o sistema estava fora do ar.
Mãe vendeu o bebê
Segundo a Polícia Civil, o casal homoafetivo estava nervoso no momento da abordagem. Após questionamentos, admitiram ter transferido R$ 500 a José Uberlane, que os apresentou à mãe da criança. A mulher, segundo a polícia, decidiu entregar o bebê por causa de uma dívida.
O casal estava em Manacapuru desde junho, aguardando o nascimento para levar a criança a São Paulo. As investigações apontam que eles contaram com a ajuda de uma mulher da cidade que já tem histórico de envolvimento em adoções ilegais.
A delegada afirmou que o grupo faz parte de um esquema que envolve dinheiro em troca de bebês e que celulares foram apreendidos para análise. A polícia vai pedir a quebra de sigilo dos aparelhos para identificar outros envolvidos.
Há suspeita de que o casal tenha levado outra criança anteriormente, mas isso ainda está sendo apurado. Eles também já haviam tentado adotar uma criança por vias legais, mas o processo foi arquivado por falta de documentação e tentativa de fraude.
IG Último Segundo