Governador de SP se posiciona sobre as tarifas de Trump; confira


Tarcísio culpa postura de Lula em relação com os EUA por taxação
Agência Brasil

Tarcísio culpa postura de Lula em relação com os EUA por taxação

O governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se pronunciou sobre a taxação de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aos produtos importados brasileiros. Nas redes sociais, ele havia responsabilizado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela medida do norte-americano.

Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e cotado para disputar a Presidência contra o atual presidente em 2026, o governador paulista afirmou que  a decisão de Trump demanda “uma profunda reflexão” sobre as relações entre os dois países.

Confira na íntegra o pronunciamento de Tarcísio de Freitas

“A imposição de tarifas adicionais sobre as exportações brasileiras aos Estados Unidos representa um desafio comercial e político, com reflexos importantes para todo o setor produtivo nacional.

Não podemos nos esquecer que os EUA são os maiores investidores diretos no Brasil, com quem sempre tivemos excelente relação. Que temos falado muito em reindustrialização e que as tarifas prejudicam justamente nossas exportações de maior valor agregado.

Esse movimento dos Estados Unidos, país com o qual devemos buscar relações de proximidade, demanda uma profunda reflexão sobre de que forma estamos construindo nossas negociações. Das economias do G20, temos sido a mais distante da Casa Branca e aquela que não tem mantido ativamente negociações bilaterais com os EUA.

Temos visto pouca ação junto ao US Trade Representative, Departamento de Comércio e Departamento de Estado. Parece que o governo Lula não entendeu ainda que ideologia e aritmética não se misturam. Resolver os problemas das pessoas, das nossas empresas, dos nossos exportadores é mais importante do que o revanchismo, a bravata e a construção de narrativas.

Cabe observar o exemplo de países como México, que foi super taxado, e com quem os americanos tinham uma questão política relevante de fundo. As diferenças foram deixadas de lado, o pragmatismo imperou, e um bom desfecho tem sido construído após intensas negociações. Outro bom exemplo é a Argentina, que vem conseguindo estabelecer boas negociações com os americanos.

Não podemos admitir que as duas maiores economias do nosso continente e as duas maiores democracias do Ocidente estejam tão distantes.

Cabe agora ao governo federal o esforço diplomático para resolver a questão com maturidade política e visão de Estado, sem se esconder atrás de narrativas, sem responsabilizar quem não está no poder. A responsabilidade é de quem governa.”



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