
Ana Maria Gonçalves faz história como a primeira mulher negra na Academia Brasileira de Letras
Ana Maria Gonçalves, escritora mineira e autora do premiado romance Um Defeito de Cor , foi eleita no dia 10 de julho para ocupar a cadeira 5 da Academia Brasileira de Letras (ABL). Com 30 dos 31 votos possíveis, ela superou outros 13 candidatos e tornou-se a primeira mulher negra a integrar a instituição em seus 127 anos de existência. Sua eleição representa um marco importante para a representatividade negra e feminina na literatura brasileira.
Antes de Ana Maria, outras mulheres negras já haviam tentado uma vaga na ABL, como a renomada Conceição Evaristo, que em 2018 obteve apenas um voto. A eleição de Ana Maria rompe um histórico de exclusão e simboliza um avanço nas discussões sobre diversidade e equidade dentro de instituições culturais tradicionais do país.
Com a sua entrada, Ana Maria Gonçalves será a 13ª mulher a ocupar uma cadeira na ABL, que hoje conta com cinco acadêmicas em atividade. Desde a pioneira Rachel de Queiroz, em 1977, outras mulheres notáveis já fizeram parte da academia, incluindo Lygia Fagundes Telles e Fernanda Montenegro. A instituição teve apenas duas presidentes mulheres até hoje: Nélida Piñon e Ana Maria Machado.
IG Último Segundo