PSG bate Real Madrid e vai à final do Mundial de Clubes – 09/07/2025 – Esporte


Na disputa entre o atual campeão da Europa e o maior vencedor do continente, ficou claro que, na versão 2025, o Paris Saint-Germain é superior. A equipe francesa se impôs sobre o Real Madrid, marcou rapidamente três gols e construiu uma vitória por 4 a 0, nas semifinais da Copa do Mundo de Clubes.

Fabián Ruiz (2), Ousmane Dembélé e Gonçalo Ramos definiram o resultado no MetLife Stadium, em East Rutherford, um placar que não oferece um bom retrato do domínio estabelecido na tarde de quarta-feira (9), especialmente no primeiro tempo. Ficou a sensação de que o time com mais títulos mundiais escapou de números piores.

Campeão nove vezes nas versões anteriores do torneio, o Real Madrid ficou pelo caminho na primeira edição com formato ampliado, com 32 participantes e o regulamento consolidado na Copa do Mundo de seleções. Farão a final seu algoz, o PSG, e o Chelsea, no próximo domingo (13), novamente em East Rutherford.

Será a chance para a formação francesa fechar com mais uma taça a temporada 2024/25, que já está em sua história com as conquistas do Campeonato Francês, da Copa da França e da Champions League. A julgar pelos resultados recentes e pela atuação contra o Real, parece claro o favoritismo dos comandados de Luis Enrique.

Nesta quarta, em dez minutos, o goleiro do clube madrileno já havia feito duas boas defesas e tomado dois gols. O PSG começou a partida de maneira avassaladora e deixou o triunfo bem encaminhado muito rapidamente –com boa ajuda do adversário, que cometeu erros indesculpáveis no campo de defesa e foi devidamente castigado.

Aos seis minutos –após uma boa intervenção do goleiro Courtois aos quatro e uma excepcional aos cinco–, Asencio teve dificuldade no domínio dentro da própria área e entregou a bola a Dembélé. Courtois derrubou o atacante, mas a sobra ficou com Fabián Ruiz, com o gol aberto.

Aos nove, a falha foi grotesca. O bom zagueiro alemão Rüdiger se atrapalhou com a bola dominada, batendo nela com o pé de apoio antes de desastrada tentativa de passe. Dembélé aproveitou a chance fazendo uso de sua velocidade, avançou até a área e bateu no canto direito de Courtois.

Era de abatimento o semblante dos jogadores do Real Madrid, atordoados em campo. Em outra voltagem, os atletas do PSG construíram um amplo domínio e estiveram perto de construir uma goleada ainda no primeiro tempo –no intervalo, segundo a estatística oficial, tinham 63% de posse, contra 28% do rival, com 9% em disputa.

Não era uma posse estéril, sem agressividade, como ficou claro aos 24. A equipe foi trocando passes desde a própria área com muita facilidade. A bola saiu dos pés do goleiro Donnarumma, passou por Hakimi, por Doué, novamente por Hakimi, por Dembélé e mais uma vez por Hakimi até chegar a Fabián Ruiz, que dominou na área e teve tranquilidade para marcar.

A essa altura, estava evidente que as escolhas de Xabi Alonso não haviam funcionado. Sem Trent Alexander-Arnold, com lesão sofrida na véspera do jogo, o técnico da equipe espanhola resolveu deslocar Federico Valverde do meio-campo para a lateral direita. O setor de meio do Real, com Tchouaméni, Arda Güller e Bellingham, mostrou-se frágil.

O trio não tinha ajuda na marcação dos três homens de frente, Vinicius Junior, Gonzalo García e Mbappé. Assim, o Paris foi ao intervalo vencendo por três e poderia ter feito bem mais. Kvaratskhelia teve mais uma grande oportunidade, em tabela com Dembélé, porém falhou na finalização.

Após o intervalo, com o placar praticamente decidido, houve um equilíbrio um pouco maior. O Real Madrid levava um pouco mais de perigo do que na etapa inicial, mas o PSG tinha espaços para contragolpear e fechou a contagem aos 43, em um desses contra-ataques, concluído por Gonçalo Ramos.

“Falta só mais um passo, contra o Chelsea. Eles se saíram muito bem na competição. Agora, é o momento de a gente buscar a melhor preparação e a melhor recuperação. Queremos fazer história no nosso clube”, afirmou Luis Enrique, que voltou a fazer campanha para que Dembélé ganhe a Bola de Ouro, entregue pela revista France Football ao melhor jogador da temporada.

“Foi o primeiro jogo neste campeonato em que pudemos usar o Ousmane desde o começo. Ele estava lesionado, e precismos cuidar dele”, disse o técnico, observando que o atacante participou dos três primeiros gols contra o Real Madrid. “Acho que é o melhor jogador da temporada. Ele merece ganhar tudo porque deu tudo ao clube.”



Folha de S.Paulo