Romário cobra efetividade da Lei Brasileira de Inclusão, que completa 10 anos


Romário cobra efetividade da Lei Brasileira de Inclusão, que completa 10 anos
Caio Barbieri

Romário cobra efetividade da Lei Brasileira de Inclusão, que completa 10 anos

O senador Romário (PL–RJ) comemorou os 10 anos da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI) — que alcança a idade no sábado (5) — com críticas à falta de efetividade da norma no cotidiano de milhões de brasileiros. Relator da proposta e, apesar de classificar a LBI como um marco civilizatório, o parlamentar reforçou que a inclusão ainda está distante da realidade de quem convive com a deficiência no país.

Chorei quando recebi a missão de relatar a LBI. Não era só política. Era pessoal. Era pela minha filha. Mas também era por milhões de brasileiros que sempre viveram à margem. A LBI não foi só mais um projeto de lei. Foi um pacto de dignidade ”, afirmou Romário.

Aprovada por unanimidade no Congresso Nacional e sancionada em 6 de julho de 2015, a LBI é fruto de mais de uma década de debates e construção coletiva, com autoria do senador Paulo Paim (PT–RS) e ampla participação de pessoas com deficiência, movimentos sociais e especialistas.

Dez anos depois, Romário alerta que os avanços legais ainda não se traduziram plenamente na vida real de milhões de brasileiros. Segundo dados do Censo de 2022, o Brasil tem 14,4 milhões de pessoas com deficiência e 2,4 milhões com autismo, muitas das quais ainda enfrentam barreiras para acessar direitos básicos.

A inclusão tem que deixar de ser promessa e virar prioridade. A avaliação biopsicossocial, prevista na LBI desde 2015, precisa ser regulamentada; as escolas ainda não contam com profissionais de apoio; matrículas escolares são negadas para alunos com deficiência; o transporte público segue inacessível em muitas cidades, assim como ruas e prédios; e os ambientes digitais continuam sendo uma barreira ”, criticou o senador.

Nos últimos anos, Romário tem se dedicado à defesa dos direitos das pessoas com deficiência, apresentando e apoiando propostas voltadas à validade permanente de laudos, políticas de tecnologias assistivas, acessibilidade urbana com orçamento garantido e educação inclusiva com apoio especializado.

A lei foi um começo. Mas a verdadeira inclusão ainda está em construção ”, resumiu Romário.

Para ele, os 10 anos da LBI não representam apenas uma comemoração, mas um chamado à ação.

A LBI mudou o Brasil. Mas ela precisa mudar também o dia a dia de quem ainda enfrenta barreiras para existir. Inclusão não pode estar só no texto da lei. Ela precisa acontecer na prática, melhorando a vida das pessoas com deficiência ”, concluiu.

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