
Molho de tomate da marca Fugini
Um pedreiro de Miracatu, no interior de São Paulo, será indenizado após ter servido à própria filha uma macarronada com molho de tomate contaminado por larvas e um corpo estranho. O caso, que gerou repulsa e comoção, teve desfecho judicial nesta semana com a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), que fixou em R$ 5 mil o valor da indenização por danos morais a ser pago pela fabricante Fugini.
O Portal iG teve acesso a sentença, no qual, foi comprovado que o produto estava impróprio para o consumo e representava risco direto à saúde dos consumidores. A juíza relatora Daise Fajardo Nogueira Jacot destacou na decisão que “a prova dos autos, formada por fotografias e gravações, permite concluir com a segurança que os autores foram mesmo submetidos à situação de desespero, angústia e de repugnância”, justificando a responsabilização da empresa com base no Código de Defesa do Consumidor.
Como aconteceu?
O episódio ocorreu em novembro de 2023, quando Doriedson de Borba Martins adquiriu o molho e, uma semana depois, o utilizou no preparo de uma refeição com a filha. Ao reaproveitar o produto no dia seguinte, se deparou com um objeto estranho, parecido com “couro” contendo pelos e larvas, ao despejar o restante do conteúdo sobre a massa. Ele também relatou que, após consumirem o alimento no dia anterior, a filha teria passado mal.
Procurada pelo Portal iG, a Fugini afirmou em nota que mantém compromisso com a qualidade, segurança alimentar e satisfação dos consumidores, além de seguir rigorosamente todas as obrigações legais. A empresa também reforçou sua política de transparência e excelência nos processos produtivos.
Outros incidentes da marca
Este não foi o único episódio envolvendo a fabricante. Em março de 2023, a Fugini teve suas atividades suspensas por determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), após a constatação de graves falhas de boas práticas de fabricação em uma inspeção realizada. A suspensão só foi revista em maio, quando uma nova vistoria atestou que a empresa havia implementado as adequações exigidas, incluindo controle de alérgenos e melhorias na estrutura operacional.
Pouco tempo depois, em abril, a Anvisa também determinou a retirada preventiva de lotes de maionese produzidos na unidade de Monte Alto, interior de São Paulo. A decisão, publicada no Diário Oficial da União, restringiu-se aos estoques ainda presentes na fábrica e visava impedir que produtos potencialmente inadequados chegassem ao mercado, mesmo sem relatos de contaminação externa.
IG Último Segundo