Boxeador mexicano é preso por agentes de imigração nos EUA – 03/07/2025 – Esporte


O boxeador mexicano Julio César Chávez Jr., 39, foi detido por agentes de imigração dos Estados Unidos para ser deportado para seu país, onde tem uma ordem de prisão por supostos vínculos com o crime organizado, informou nesta quinta-feira (3) o DHS (Departamento de Segurança Nacional).

O filho do lendário ex-pugilista Julio César Chávez foi detido na quarta-feira (2), em Los Angeles, apenas quatro dias depois de protagonizar uma das noites de boxe mais divulgadas do ano nos Estados Unidos.

O mexicano, campeão mundial de peso médio entre 2011 e 2012, perdeu no sábado (28) para o americano Jake Paul, um youtuber convertido em boxeador, na luta principal da noite em Anaheim, ao sul de Los Angeles.

Nesta quinta-feira, o DHS indicou que Chávez Jr. “tem uma ordem de prisão ativa no México por sua participação no crime organizado e no tráfico de armas de fogo, munições e explosivos”.

“Chávez também é considerado um associado do cartel de Sinaloa, uma organização designada como organização terrorista estrangeira”, acrescentou.

“Sob a presidência de [Donald] Trump, ninguém está acima da lei, nem mesmo os esportistas de fama mundial”, disse no comunicado Tricia McLaughlin, subsecretária do DHS. “Nossa mensagem a qualquer afiliado a um cartel nos Estados Unidos é clara: nós os encontraremos e eles enfrentarão as consequências”.

De acordo com o órgão do governo, Chávez Jr. fez uma solicitação de residência permanente nos EUA em abril de 2024 “baseada em seu casamento com uma cidadã americana que está conectada com o cartel de Sinaloa”.

O organismo disse que essa conexão se baseia em um relacionamento anterior da mulher com um filho já falecido do chefe do cartel de Sinaloa, Joaquín ‘El Chapo’ Guzmán, que está preso nos EUA.

Em 27 de junho passado, disse o DHS, “após múltiplas declarações fraudulentas em sua solicitação para se tornar residente permanente legal, determinou-se que [Chávez Jr.] encontrava-se no país de forma ilegal e que devia ser expulso”.



Folha de S.Paulo