
Renan Santos falou ter sido procurado pelo Centrão
O presidente da Missão, Renan Santos, afirmou em transmissão ao vivo que a legenda foi procurada por um dirigente de partido ligado ao Centrão com o objetivo de compor uma candidatura presidencial de Tarcísio de Freitas(Republicanos) para 2026.
Segundo ele, a proposta foi feita logo após o cumprimento da etapa de coleta de assinaturas para o registro do novo partido.
Renan declarou que não houve negociação e reiterou que a Missão terá candidato próprio ao Planalto caso consiga a regularização no prazo previsto.
Ele também relatou ter recebido um trecho editado de sua participação na Jovem Pan, acompanhado de uma mensagem de um interlocutor político.
“Calma, garoto. Está indo com muita sede ao pote. Não é assim que funciona o jogo. Vamos sentar para conversar, tem espaço para todo mundo.”
Na mesma transmissão, o dirigente da Missão disse que já esperava tentativas de cooptação assim que o partido alcançasse a fase final de formalização.
“Partido nem está pronto oficialmente, atingiu as assinaturas e 48h já tivemos uma tentativa de cooptação para 2026” , afirmou.
Três dirigentes de partidos do Centrão ouvidos pelo Portal iG negaram qualquer contato com Santos, mas consideraram plausível que algum nome da base tenha feito a abordagem.
Dois deles avaliaram que unir forças do centro e da direita em torno de um nome único seria a estratégia mais eficaz para enfrentar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O terceiro interlocutor, porém, não vê ganhos em uma aliança com a Missão e acredita que, caso lance candidatura própria, o partido poderá ser útil apenas como linha auxiliar contra o PT.
MBL e suas estratégias

Lideranças e membros se reuniram para comemorar o número de assinaturas
Dois integrantes do MBL (Movimento Brasil Livre), ligado à fundação da Missão, disseram apoiar a decisão de Renan Santos de manter a candidatura presidencial própria e afirmaram que a legenda não deve se vincular, neste momento, a outro projeto político.
O grupo aponta como exemplo o Novo, que, segundo eles, perdeu protagonismo por ter se ausentado de disputas maiores.
Internamente, no entanto, há impasses. Em São Paulo, o MBL integra a base de apoio ao prefeito Ricardo Nunes (MDB), que deve caminhar com Tarcísio em 2026.
Também há dúvidas sobre o posicionamento diante do governador paulista, já que Guto Zacarias (União Brasil), filiado ao MBL, ocupa a vice-liderança do governo na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Além das indefinições estratégicas, há pressão da militância para que a sigla defina um nome e inicie a pré-campanha.
A direção, por ora, prioriza a finalização do processo de registro partidário e a divulgação do Livro Amarelo, que reúne as diretrizes do partido.
IG Último Segundo