Mariana Marins, irmã da brasileira Juliana Marins, esteve nesta quarta-feira (2) no Departamento-Geral de Polícia Técnico-Científica da Secretaria de Estado de Polícia Civil, no Rio de Janeiro, para acompanhar o exame de necropsia realizado no corpo da jovem, que morreu após cair de uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia.
O procedimento teve início às 8h30 e durou pouco mais de duas horas. A análise foi conduzida por dois peritos legistas experientes da Polícia Civil, com o apoio de um perito médico da Polícia Federal e de um assistente técnico indicado pela família da vítima.
Mariana agradeceu aos órgãos envolvidos no processo de repatriação e análise do corpo, e destacou a importância de manter viva a busca por respostas: “Meu pedido mais uma vez é: não esqueçam Juliana, que ainda tem muita coisa que a gente tem que pedir por ela”, disse.
Primeira autópsia registra inconsistências
A primeira autópsia foi realizada ainda em Bali, na Indonésia, e o laudo foi divulgado na sexta-feira (27) pelo médico-legista Ida Bagus Putu Alit. No entanto, devido a inconsistências nos relatos oficiais do governo indonésio, a família de Juliana solicitou uma nova autópsia no Brasil, que foi autorizada.
Segundo a irmã da vítima, o exame é fundamental para esclarecer as circunstâncias da morte. A família aponta negligência durante o resgate.
“Juliana, eu acredito que ela sofreu muita negligência nesse resgate, então a gente vai continuar atrás das providências”, apontou.
Família temia não encontrar o corpo de Juliana
Mariana também destacou a sensação de alívio por poder, ao menos, se despedir da irmã com dignidade: “Apesar do resgate não ter acontecido no tempo hábil para Juliana sair com vida, pelo menos a gente tá com Juliana de volta. É muito importante para as famílias quando tem esse desfecho. Quando a pessoa fica desaparecida, é muito ruim. As pessoas ficam sempre na expectativa de algo”.
O laudo da necropsia ainda não tem data para ser divulgado, já que depende da conclusão de exames complementares. Mariana ressaltou que ainda não há informações sobre o velório ou cremação.
“A nova autópsia aqui no Brasil foi feita. Agora a gente está na expectativa do laudo, que não sai hoje, demora alguns dias. Agradeço muito ao IML, ao PGE, à União e à Polícia Federal, porque sem toda essa ajuda a gente não teria conseguido trazer Juliana tão rápido para o Rio de Janeiro”, afirmou.
Questionada sobre a possibilidade de processo contra autoridades indonésias, Mariana disse que esse não é o foco da família neste momento. “Estamos focados agora nesse adeus para Juliana.”
Quando sai o laudo da nova autópsia de Juliana Marins?
Segundo a Sepol, o laudo preliminar do exame deve ser concluído e entregue em até sete dias. O corpo de Juliana foi liberado às 11 horas para que os familiares possam realizar os procedimentos de despedida. A despedida da publicitária será no Cemitério Parque da Colina, em Pendotiba, Niterói. O horário ainda não foi confirmado pelos familiares.
Trajeto da Indonésia ao Rio de Janeiro
O corpo de Juliana Marins chegou ao Rio de Janeiro uma semana após a confirmação de sua morte na Indonésia. A urna funerária foi transportada do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, em uma aeronave bimotor modelo C-105 da Força Aérea Brasileira (FAB), que pousou na Base Aérea do Galeão por volta das 19h40.
Antes disso, o translado internacional foi feito em um voo comercial da Emirates, que saiu de Bali e aterrissou na capital paulista às 17h10. Por volta das 18h40, o corpo seguiu para o Rio. Uma prima de Juliana, que também acompanhou o pai da jovem, Manoel Marins, até a Indonésia, esteve presente no aeroporto durante a chegada.
Tupi.FM