Personagem do folclore brasileiro será mascote da COP 30
A COP 30, Conferência do Clima, que será realizada em Belém (PA) no mês de novembro, terá o curupira como mascote. A escolha do símbolo do evento foi feita pela nova gestão da Secretaria de Comunicação da Presidência da República. O Curupira é uma das principais figuras do folclore brasileiro. Segundo o mito de origem indígena, ele é defensor da fauna e da flora., confrontando quem, de alguma forma, tenta prejudicar as florestas e os animais.Como possui os pés virados para trás, aestratégia principal do Curupira é confundir seus oponentes com as pegadas.A cultura brasileira tem diversas lendas que fazem parte de tradições consolidadas na memória coletiva. Conheça , além do Curupira as principais figuras do folclore nacional.Saci – Mito com origem no povo Tupi-Guarani, traz a figura de um garoto negro com apenas uma perna, que pula pela mata.O Saci tem tanta representatividade na cultura popular brasileira que em 31 de Outubro se comemora Dia do Saci-Pererê -A data foi criada para valorizar o folclore nacional em contraposição ao Halloween dos povos anglo-saxões, criticado por quem enxerga a festa das Bruxas como um retrato de cultura estrangeira que nada tem a ver com o Brasil.O saci veste um shorts vermelho e usa dois itens que lhe dão poderes mágicos: um gorro e um cachimbo. Ele se diverte escondendo objetos e deixando as pessoas confusas.Boitatá – Mito com variações, a depender da região do país. A versão original, do povo tupi-guarani, o retrata como uma cobra de fogo que protege a mata e tem o poder cegar as pessoas ao fazer contato visual.Boto Cor de Rosa – Lenda da região Norte, principalmente da Amazônia, onde o boto vive nos rios e igarapés. De acordo com a narrativa, o animal busca a civilização no período da noite.A narrativa foi criada para assustar crianças que não obedecem aos pais. A música “Nana neném que a Cuca vem pegar…” é bastante popular.Caipora – Protetor da mata e dos animais. Se perceber a presença de caçadores, a figura indígena emite uivos intensos e altos para espantá-los. Pode ser menino ou menina, de cabelos vermelhos.Iara ou Mãe D’água – Lenda do povo Tupi, descreve uma jovem de extrema beleza que causava inveja, inclusive dos irmãos, que tentaram matá-la.Ela se vingou e, após a morte dos irmãos, seu pai a jogou no rio. Os peixes a salvaram e ela transformou-se em sereia.Lobisomem – Mito surgido na Europa e que foi absorvido pelo folclore brasileiro. Homem durante o dia, ele vira uma besta sedenta por sangue à noite, como um lobo, uivando e provocando terror.Em alguns locais, criou-se o mito de que crianças não batizadas podem enfrentar essa maldição.Mula sem cabeça – Diz respeito a uma maldição que caiu sobre uma mulher após ela iniciar um namoro com um padre. Assim, na virada de quinta para sexta-feira, ela se transforma no animal – fruto do cruzamento do jumento com a égua.Do pescoço para cima, labaredas de fogo ocupam o lugar onde haveria a cabeça. Segundo a lenda, quando vira a mula a mulher galopa por ruas próximas a igrejas, causando medo em que se depara com ela.Negrinho do Pastoreio – Lenda da região Sul do Brasil, com raízes africanas e cristãs. Isso porque a trama tem como protagonista um menino negro e escravo, que foi acusado injustamente pelo sumiço de um cavalo do seu patrão. Aliás, o jovem foi obrigado a voltar ao pasto para recuperá-lo.Como não encontrou, ele foi colocado dentro de um formigueiro para passar a noite. Ao acordar, estava sem ferimentos e ao seu lado apareceu uma santa, a Virgem Maria, que o ajuda a achar o animal. As pessoas que perdem algo acendem uma vela pedindo a auxílio da figura do Negrinho do Pastoreio para reaver os pertences.