Augusto Melo foi afastado da presidência do Corinthians
Acompanhado pelo advogado José Eduardo Cardozo, Augusto Melo, presidente do Corinthians que sofreu impeachment há uma semana, concedeu entrevista ao programa “Sportscenter”, da ESPN, na manhã desta segunda-feira (2), e se pronunciou sobre as recentes turbulências políticas enfrentadas pelo clube paulista nos últimos meses.
O dirigente vive situação complexa no comando do Timão, mas afirmou que, legalmente, ainda se considera presidente do clube após toda a confusão na sede do time, no Parque São Jorge, no último sábado, e respondeu a outras importantes questões sobre todo o imbróglio.
“Essas votações (de impeachment) foram marcadas por uma pessoa que não está no comando do conselho (Romeu Tuma Jr), não poderiam ser marcadas. Assim como o próprio interino (Osmar Stabile) anda dizendo que ele foi empossado pelo conselho, nós também e eu respeitei. Segui as normas e o estatuto. Fui empossado pelo atual presidente do conselho. Sou contra esse golpe” , disse Augusto Melo.
Em seguida, o mandatário afastado, que tentou reassumir o cargo da presidência do Corinthians por meio de um ofício que não foi reconhecido por Osmar Stabile, presidente em exercício, seguiu seu raciocínio.
“Não tem validade (o impeachment). Foi uma tremenda armação, uma palhaçada. Desde o começo foi esse inferno. Qual a credibilidade que eles vão ter? (…).
Sempre me considerei presidente do clube desde o dia que fui eleito pelo sócio e pelo clube que vivencio há mais de 40 anos. Sempre tratamos as pessoas iguais, estou empossado pelo atual presidente do conselho. Se esse presidente interino argumenta assim, eu sou da mesma forma (empossado pelo conselho)” , declarou Augusto.
Segue no comando?
Para a conclusão definitiva do processo de impeachment de Augusto Melo, uma votação entre os associados do Corinthians está marcada para acontecer no dia 9 de agosto.
Os sócios decidirão se Augusto será ou não afastado de forma definitiva da presidência do Corinthians. Entretanto, o dirigente afirmou confiar em um desfecho positivo, apostando em continuar o seu mandato como presidente do clube alvinegro.
“Tenho absoluta certeza (confiança no associado). O que estão fazendo com o clube é uma ditatura, cerceando o direito do sócio de ir e vir. Eu, quando assumi o Corinthians, tinha R$ 180 milhões de dívida para pagar, hoje tem sete meses de salário em dia, estamos suando para fazer isso” , concluiu o dirigente.
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Portal IG
