Augusto Melo sofre pressão no comando do Corinthians
O Conselho Deliberativo do Corinthians votará o impeachment do presidente Augusto Melo na noite desta segunda-feira (26), por suspeita de irregularidades no contrato com a VaideBet (antiga patrocinadora master do clube), infração da Lei Geral do Esporte e desrespeito ao estatuto do alvinegro.
Mesmo com a primeira chamada marcada para às 18h, as discussões só devem ser iniciadas após as 19h. Serão realizadas as apresentações do relatório da Comissão de Ética e da defesa do mandatário, em seguida, o pleito decidirá o futuro de Augusto.
Em outras duas ocasiões (dezembro e janeiro) a votação acabou não acontecendo. Na primeira delas, uma liminar da Justiça impediu a reunião. Posteriormente, a cerimônia foi interrompida por questões de horário e segurança, após a votação da admissibilidade.
Como funciona?
Ao todo, 300 conselheiros do Corinthians estão aptos a votar no processo de impeachment. Caso haja maioria simples entre aqueles que são favoráveis, Augusto Melo será imediatamente afastado da presidência.
O afastamento, no entanto, não é definitivo. Logo após a votação, o presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Júnior, precisará convocar um novo pleito sobre o impeachment, mas desta vez com os associados do Corinthians.
Caso a maioria dos associados também vote pelo impeachment, Augusto Melo seria afastado de forma definitiva.
Durante o intervalo entre a votação dos conselheiros e dos associados, quem assumiria a presidência é Osmar Stábile, primeiro vice-presidente do Corinthians.
Vale destacar que se houver, na votação do Conselho Deliberativo, maioria contrária ao impeachment, Augusto Melo permanecerá como presidente do clube, não havendo a necessidade de mais nenhum pleito sobre o tema.
Indiciado
A pressão sobre o presidente do Corinthians aumentou ainda mais na última quinta-feira (22), após a Polícia Civil de São Paulo concluir o inquérito do “caso Vai de Bet” e indiciar o dirigente pelos crimes de associação criminosa, furto qualificado e lavagem de dinheiro.
Outros três nomes também foram indiciados: o ex-superintendente de marketing Sérgio Moura, o ex-diretor administrativo Marcelo Mariano e Alex Fernando André, conhecido como Alex Cassundé, que aparece no contrato do Corinthians com a Vai de Bet como intermediador do acordo.
Agora, o próximo passo cabe ao Ministério Público, que avaliará se apresenta ou não uma denúncia formal à Justiça. O caso está sob responsabilidade do promotor Juliano Atoji, que acompanhou a investigação de perto e deve seguir com a acusação. Se a denúncia for aceita por um juiz, os quatro indiciados se tornarão réus em um processo criminal.
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Portal IG