DF tem menor número de homicídios em 11 anos e se destaca como um dos lugares mais seguros do Brasil
O Distrito Federal alcançou em 2023 o menor índice de homicídios dos últimos 11 anos, com 347 casos registrados — o que representa uma taxa de 11 mortes por 100 mil habitantes. Os dados fazem parte do Atlas da Violência 2025 , elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
Em relação ao ano anterior, quando foram contabilizados 357 homicídios, a redução foi de 2,8%. No panorama nacional, o DF ocupa a terceira posição entre os estados com menor taxa de homicídios, ficando atrás apenas de São Paulo e Santa Catarina.
A queda é ainda mais expressiva quando analisado o recorte da juventude: entre os jovens de 15 a 29 anos, os homicídios passaram de 153, em 2022, para 136 em 2023 — uma redução de 11,1%.
De acordo com o secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, os bons resultados são fruto de uma política pública contínua, orientada por dados e planejamento estratégico.
“O que temos é o reflexo de um trabalho duradouro e integrado entre as forças de segurança. Não se trata de soluções imediatistas, mas sim de consistência nas ações e análise permanente das áreas mais críticas”, afirma.
A estratégia inclui o mapeamento de manchas criminais , a partir da análise detalhada de onde e quando os crimes acontecem. Com isso, é possível alocar efetivo policial e recursos tecnológicos de maneira mais eficaz. “Sabemos o dia, a hora e o local onde os crimes ocorrem. Com essas informações, as forças de segurança atuam com precisão”, pontua Avelar.
Pela primeira vez, o Atlas da Violência trouxe um capítulo exclusivo sobre segurança viária. Em 2023, o DF também reduziu as mortes no trânsito: foram 314 óbitos, contra 336 no ano anterior — uma queda de 6,5%. Com isso, a taxa de mortalidade caiu de 10,7 para 9,9 por 100 mil habitantes.
Nos últimos cinco anos, o DF figura como a segunda unidade da federação com maior redução de óbitos no trânsito, com queda acumulada de 16,1%. A capital federal também se destacou por ter a segunda menor taxa de mortes em acidentes com motociclistas: 2,4 por 100 mil habitantes, bem abaixo da média nacional.
Para o secretário, além da fiscalização, a educação no trânsito tem sido fundamental. “As campanhas realizadas pelo Detran, DER e o Batalhão de Trânsito da PM têm papel essencial. Segurança também se constrói com conscientização”, reforça.
Outra frente que tem fortalecido o combate à violência é a recomposição do efetivo das forças policiais. “Quando o governador Ibaneis Rocha assumiu, a Polícia Militar contava com menos de 9 mil agentes. Hoje, estamos próximos de atingir novamente 12 mil servidores. Isso mostra o compromisso com a segurança da população”, destaca Avelar.
O investimento em tecnologia também é prioridade. Em 2025, todas as regiões administrativas contarão com câmeras inteligentes, capazes de fazer reconhecimento facial e identificar placas de veículos. A integração dos sistemas entre Polícia Militar, Polícia Civil e demais órgãos tem potencializado as operações e reduzido a criminalidade.
Outro pilar dessa política é a participação da sociedade, por meio dos Conselhos Comunitários de Segurança (Consegs). Ao todo, o DF possui 42 conselhos ativos, que atuam como ponte entre a população e o poder público. “Esses conselhos ajudam a traçar estratégias específicas para cada região, levando em conta as particularidades de cada comunidade”, explica o secretário.
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