Ser vice no futebol, às vezes, é bom – 19/05/2025 – Sandro Macedo


Alguém disse para Carlo Ancelotti que o Brasil virou o país do Oscar. Só isso explica por que o são-paulino homônimo do troféu do cinema está em qualquer pré-lista da seleção. Chega a ser mais curioso que Neymar, o Júnior. Outra teoria diz que Carleto decorou o nome de 49 brasileiros, mas precisava mandar 50. Teorias…

Certo mesmo é que o garboso míster aceitou ser técnico da seleção porque terminou o ciclo no Real Madrid. Leia-se, foi vice duas vezes para o Barcelona na mesma temporada.

Ser vice no esporte deveria ser louvável. Mas normalmente não é.

Veja a situação dos times ingleses. O Arsenal (uhu) praticamente assegurou o segundo lugar da Premier League neste fim de semana. Isso em um ano em que foi até a semifinal da Champions League.

Por outro lado, a temporada europeia pode acabar com metade de Londres rindo na cara do Arsenal. O Chelsea pode ser campeão da tal Conference League —é a terceirona continental, disputada por quem errou rude no ano anterior.

Outros dois ingleses duelam pela final da Liga Europa, a segundona: Manchester United x Tottenham. É inevitável, um vai se dar bem. Isso sem contar o Crystal Palace, time mais feliz da capital inglesa após derrotar o gigante Manchester City na final da Copa da Inglaterra. E aí, qual deles fez a melhor temporada?

Nos cofres, pode até ter sido o Arsenal (uhu), mas o que conta é o troféu na estante.

Se em campo o vice tem seus dissabores, vice em federações de futebol no Brasil pode ser uma boa.

Quem comandou a intervenção pedindo novas eleições na CBF? O vice, Fernando Sarney, do grande clã Sarney, já com experiência na posição de vice. Sarney, o Fernando, avisou que não quer ser presidente, está bem de vice.

Quem será o presidente da CBF? Ao que tudo indica, Samir Xaud (acostume-se com o nome), saído da revolucionária (com todo respeito) Federação Roraimense de Futebol.

Xaud, para quem não sabe, é filho de Zeca, presidente da FRF desde que Michel Platini era o melhor jogador do mundo.

Zeca ainda é o presidente em Roraima, mas como eles estão preocupados com a renovação, já fizeram a eleição para ver quem assumirá em 2027. E ganhou Xaud, o filho, Samir.

Assim, nos últimos dias, Samir Xaud, que não preside nada, foi nome de consenso entre quase todas as federações para assumir a CBF. Curioso.

O moço é jovem, é médico, é formoso e, importante, parece dominar a técnica do plural, um problema na gestão anterior. Mas tem o hífen, que é mais difícil mesmo. No seu perfil de Instagram, estão as palavras “saúde bem estar esportes”. Será que ele quis dizer “bem-estar”? Cedo para dizer.

O importante mesmo é que, se confirmada sua aclamação na CBF, Samir Xaud terá à disposição oito vices. Uhuuuu.

E como fica a federação de Roraima em 2027? Põe o vice, ora.

Filme da semana: ‘Premonição 6’

Assim como os protagonistas da franquia aterrorizante (em mais de um sentido), Dorival Júnior vê, ou prevê, algo que os outros não enxergam. No caso, em vez de acidentes fatais, ele vê evolução em times de futebol. Ufa.

Foi assim com a seleção brasileira e é agora, com o Corinthians: “Eu sinto que a equipe está evoluindo”. O terror está no ar…

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Folha de S.Paulo