Prefeitura de Caraguatatuba prepara implantação do CSI(Central de Segurança Integrada) – Notícias das Praias


Implantação do CSI deverá custar R$ 500 mil mensais para a prefeitura; objetivo é aumentar a segurança e reduzir a criminalidade

 

A Prefeitura Municipal de Caraguatatuba elabora um edital para aquisição dos equipamentos para implantação de uma CSI( Central de Segurança Integrada)que deverá substituir o atual COI(Centro de Operações Integradas) possivelmente até o final deste ano.

 

Atualmente, o COI da Prefeitura conta com 161 câmeras de segurança — sendo 116 fixas e 45 com tecnologia embarcada*, como reconhecimento facial, leitura de placas e zoom óptico. Com o novo projeto CSI, esse número será elevado para 925 câmeras, o que representa um aumento de 474%. O número de pontos de cobertura também será triplicado, e expandirá o monitoramento das regiões centrais para os bairros.

 

Segundo a prefeitura, ainda serão integradas ao sistema outras 371 câmeras já existentes nas 60 unidades escolares, 14 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e diversos prédios públicos.  Ao todo, serão quase 1,3 mil câmeras conectadas a um único sistema de monitoramento de segurança.

 

A prefeitura explica que um dos diferenciais do CSI será a ampliação da tecnologia embarcada* em cerca de 40% dos equipamentos, o que permitirá maior precisão no controle de acesso e na identificação de situações suspeitas. O prefeito Mateus Silva(Foto) foi conhecer pessoalmente o CSI, de São José dos Campos, em novembro do ano passado, antes de assumir a prefeitura em 2025. Na ocasião, ele postou a visita nas redes sociais. com elogios ao sistema.

 

O projeto prevê, ainda, a utilização de drones e totens nas escolas, para reforçar a vigilância em áreas sensíveis. Por exemplo, em casos de medida protetiva, a presença de uma pessoa com restrição poderá ser detectada automaticamente ao se aproximar de uma escola e permitir uma resposta imediata da equipe de segurança.

 

Segundo a prefeitura, com todos os sistemas interligados — câmeras, prédios públicos e radares — Caraguatatuba terá um “cinturão digital” de vigilância. O modelo Smart Caraguá se espelha em iniciativas de sucesso, como o Smart Sampa. Em Caraguatatuba, a proporção será de uma câmera para cada 108 moradores, o que torna o sistema local mais eficiente em termos de monitoramento per capita.

 

A prefeitura esclarece que o projeto está em fase de elaboração de edital para aquisição dos equipamentos. Após a publicação, haverá os trâmites legais e prazos previstos em Lei. Se não houver questionamentos jurídicos, a previsão é que o sistema esteja em pleno funcionamento até o fim do ano, durante a alta temporada.

 

“Estamos nos organizando para que, no auge das festividades e do fluxo turístico em Caraguatatuba, já tenhamos o sistema operando com drones, bases policiais e o reforço das câmeras”, afirma o secretário de Tecnologia da Informação e Inovação, Rubens Alexandre da Costa. A temporada também funcionará como um grande teste operacional para o comportamento e efetividade do novo modelo.

 

Apesar do salto expressivo no número de câmeras — de 161 para quase 1.300 — o custo mensal do programa, segundo a prefeitura, sofrerá um aumento modesto. Atualmente, o COI custa cerca de R$ 450 mil por mês. Com o Smart Caraguá, o valor passará para aproximadamente R$ 500 mil mensais, o que representa um incremento de apenas R$ 50 mil.

 

O motivo é o modelo de locação das câmeras: a empresa contratada será responsável por instalar e manter os equipamentos, enquanto a Prefeitura fará apenas a gestão do sistema. “Não é um investimento direto do município na aquisição das câmeras. Isso garante flexibilidade, agilidade e controle de qualidade sem onerar os cofres públicos com grandes compras iniciais”, diz o secretário.

 

Com a expansão do projeto, a atual sede do COI será substituída por uma estrutura mais ampla e moderna, equipada com um videowall composto por mais de 30 telas de 60 polegadas. O espaço contará com representantes da Defesa Civil, Guarda Civil Municipal, Polícia Militar e outros órgãos estratégicos, promovendo um modelo de integração total entre as forças de segurança e atendimento emergencial.

 

“O objetivo é criar um ambiente semelhante a um centro de controle de aeroporto, onde várias disciplinas trabalham de forma sincronizada, acompanhando a cidade em tempo real e respondendo de forma imediata a qualquer ocorrência”, conclui.



Notícias das Praias