Documentário sobre a história do surfe em Caraguatatuba estreia dia 7 de junho no cinema do Serramar Shopping – Notícias das Praias


No próximo dia 30, às 18h30,  na Videoteca Lúcio Braun, em Caraguatatuba, será feita a pré-estreia do documentário “Caraguá! Essa cidade também é surf”. Será uma sessão exclusiva para a equipe de produção, autoridades e apoiadores. A estreia para o público deverá ocorrer no dia 7 de junho, numa das salas do Centerflex do Serramar Shopping. 

 

  O documentário, que ainda não foi totalmente  finalizado, deverá ter entre 1h15 a 1h30 de duração e tem como objetivo resgatar a memória do surfe local, mostrando a sua importância, não apenas como esporte, mas também, na expansão do comércio local, na produção de pranchas e na defesa do meio ambiente.

 

O documentário promete retratar a paixão pelo surf na cidade, com imagens de surfistas, praias, eventos e depoimentos de pioneiros do esporte. O lançamento está previsto para 7 de junho no Serramar Shopping. Em seguida, o documentário deverá ser apresentado nas escolas públicas e privadas e nas entidades de classe do município e região”, adianta o surfista, professor de escolinha de surfe e produtor do filme, Luciano Sant’anna.

 

O filme foi produzido em parceria com o Conselho Municipal de Cultura de Caraguatatuba, Fundação Cultural de Caraguatatuba, através da Lei de Incentivo Paulo Gustavo, do Governo Federal.  Luciano Sant’anna é o produtor executivo; os cinegrafistas são Rafael Roveran e Marcos Cardoso, que também atua como editor; e, o auxiliar de produção é Marçal  Leme.

 

Luciano agendou as entrevistas com os primeiros surfistas da cidade, entre eles, Manoel Ferreira, o “Caco”, Pedrão, Edson Bola, Serginho Burihan, Mauro Apingorá, Fabio Possa, Ruy Noronha, Alexandre Moliterno e Júlio Barata e imagens em foto e vídeo de surfistas pioneiros,   entre eles, Marcos Antônio Fonseca, o “Marcão”, considerado um dos melhores surfistas da cidade, falecido recentemente.  Entre as mulheres, a primeira surfista da cidade foi Sueli Salvatore, que na década de 70, surfava na Massaguaçu.

 

O documentário mostra imagens antigas de surfistas pegando onda em praias como Martim de Sá, Brava, Massaguaçu, Boqueirão e Praia das Palmeiras.  Boa parte dos surfistas entrevistados, lembra que a maioria desenvolveu seu surfe em praias de Ubatuba, como o Sapê,  Grande, Toninhas, Vermelha, Félix e Itamambuca, onde as ondas eram mais constantes e radicais.

 

A associação de Surfe de Caraguatatuba surgiu em 7 de junho de 1989 (Foto). A partir da criação da associação, o surfe de Caraguatatuba passou a ter competições locais e a defender a preservação do meio ambiente. A associação “lutou” na década de 90 pela despoluição do Rio Santo Antônio, cujas águas recebiam o esgoto domésticos lançado clandestinamente por moradias de vários bairros; e, pela preservação da Praia Brava, impedindo o acesso de motos e carros até o local, que se mantém até hoje, como uma das praias mais preservadas da cidade.

 

Atualmente, a associação mantém parceria com o projeto Guardiões da Costeira, que através do Gigliard Ferreira, faz um trabalho de limpeza de praias, mangues, rios, costeiras, trilhas e encostas de morros em pontos turísticos. O Guardiões da Costeira também atua em mutirões de limpeza com a participação de de alunos das escolas municipais, da escolinha de surfe e atletas da associação.

 

Comércio

 

Luciano conta que o crescimento da prática do surfe na cidade, estimulou a abertura de lojas especializadas em artigos de surfe,  como a Água do Mar Surf Shop, instalada desde 1989, no calçadão da Santa Cruz, do empresário e pioneiro do surf,  Ruy Noronha; a Company Surf e skate, do Gilmar Rio, na galeria Jangada; a Sport Life, do Moisés; e, as lojas Sthill, Sea North e a Billabong no Serrar shopping, que geram empregos e renda.

 

Alguns surfistas decidiram atuar na fabricação de pranchas e confecções artesanais. Segundo Luciano,  o primeiro fabricante de pranchas na cidade foi o Caco, hoje, proprietário de uma marina no Camaroeiro. Em seguida, o Derly, abriu a Litoral Norte Surfboards no bairro do Sumaré. Hoje, a cidade conta com quatro fábricas de pranchas na ativa: Gandola, do Shaper Ari Gandola, no Jardim Jaqueira;  a Breeder Surfboards, no Massaguaçu, do Renato Casemiro; a Tody Só Shaper, do Júlio César, o Todynho; a Stiga Surfboards, no bairro Canta Galo;e, a Litoral Norte, do Derly.

 

Atletas

 



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