Cabo Frio segue como único município da Região dos Lagos bloqueado para receber o FPM, verba federal

O mapa da irresponsabilidade fiscal no estado do Rio de Janeiro ganha contornos preocupantes, e Cabo Frio, sob a batuta do governo Dr. Serginho, figura novamente entre os municípios impedidos de receber os vitais repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Até o último dia 27 de abril, a gestão demonstrava a alarmante incapacidade de sanar pendências cruciais junto à União, colocando em xeque a saúde financeira da cidade e a prestação de serviços essenciais à população.

Ao lado de outros cinco municípios fluminenses – Carapebus, Comendador Levy Gasparian, Cordeiro, Itaguaí e São Francisco do Itabapoana –, Cabo Frio estampa seu nome no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi), um registro que ecoa a negligência administrativa e a falta de compromisso com a regularidade fiscal.

O especialista em orçamento público Cesar Lima, diante desse quadro sombrio, oferece um diagnóstico já conhecido: dívidas não honradas com a União, onde o governo federal atua como fiador, ou recorrentes atrasos na prestação de contas. Tais pendências, sintomáticas de uma gestão financeira precária, acarretam o bloqueio do FPM, recurso fundamental para a manutenção da máquina pública e o atendimento das necessidades básicas da população cabofriense.

A persistência desse cenário sob a administração do Dr. Serginho levanta questionamentos severos sobre a competência e a prioridade da atual gestão em relação à saúde financeira do município. A incapacidade de evitar o bloqueio do FPM, um problema recorrente em outras administrações, sugere uma alarmante falta de proatividade e de planejamento fiscal.

Um dado histórico, contudo, lança uma sombra ainda maior sobre a atual gestão: nos últimos dez anos, apenas durante o governo José Bonifácio, Cabo Frio conseguiu manter-se adimplente e apta a receber os recursos do FPM. Essa exceção notável no passado recente escancara a ineficácia da administração do Dr. Serginho em gerir as finanças municipais com a mesma responsabilidade demonstrada anteriormente, expondo a população a um ciclo vicioso de instabilidade financeira e potenciais prejuízos nos serviços públicos. A reincidência desse bloqueio sob o governo do Dr. Serginho não é apenas um revés administrativo, mas um claro indicativo de uma gestão que parece negligenciar os pilares básicos da responsabilidade fiscal, com consequências diretas para o bem-estar da comunidade cabofriense.