TJ-RJ convoca Coronel Nunes para explicar suposta assinatura falsa
O desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, acatou o pedido do STF (Superior Tribunal Federal) e determinou que Antônio Carlos Nunes de Lima, o Coronel Nunes, que é ex-presidente da CBF, seja ouvido em audiência na próxima segunda-feira (12).
Pesa sobre o Coronel Nunes uma denúncia de que houve falsificação de sua assinatura no documento que possibilitou manter Ednaldo Rodrigues na presidência da CBF. Tal documento foi homologado pelo STF no início deste ano.
Com base na suposta falsificação, a deputada federal Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) solicitou ao STF, nesta semana, que Ednaldo Rodrigues fosse afastado da presidência da CBF.
Além do pedido da deputada, Fernando Sarney, vice-presidente da CBF, solicitou a anulação do documento homologado no STF, por meio do qual Ednaldo Rodrigues foi mantido na presidência da entidade máxima do futebol brasileiro.
O ministro Gilmar Mendes, no entanto, recusou os dois pedidos. Porém, ele determinou que o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro apure de forma “imediata e urgente os fatos narrados nas petições”.
Assinatura de Nunes
O que gerou a suspeita sobre a suposta assinatura falsificada do Coronel Nunes foi um questionamento feito sobre sua saúde mental, uma vez que Jorge Pagura, neurocirurgião de Nunes e presidente da comissão médica da CBF, afirmou em um laudo publicado em 2023, que o Coronel se encontrava com um déficit cognitivo após passar por cirurgia. Ou seja, Nunes não teria condições de assinar qualquer documento atualmente.
Na decisão publicada pelo desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro nesta sexta-feira (09), ele afirma que “fica evidente a probabilidade de que um dos signatários, o Coronel Antônio Carlos Nunes de Lima, não estivesse apto a manifestar sua vontade no momento da elaboração intelectual e da assinatura”.
Por conta do quadro de saúde de Coronel Nunes, a intimação para o comparecimento à audiência será destinado a André Mattos, diretor jurídico da CBF, que o representará.
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Portal IG
