Mulher viaja 400 km para envenenar ovo de páscoa e matar crianças


Família foi envenenada com ovo de Páscoa enviado anonimamente
Reprodução

Família foi envenenada com ovo de Páscoa enviado anonimamente

Jordélia Pereira Barbosa, esteticista de 42 anos, foi indiciada por duplo homicídio qualificado e tentativa de homicídio após envenenar um ovo de Páscoa e enviá-lo à casa da atual namorada do ex-marido em Imperatriz, no Maranhão. Duas crianças, de 7 e 13 anos, morreram após consumir o chocolate. 

A mulher saiu de Santa Inês, a quase 400 km de distância, e se hospedou em um hotel na cidade onde o crime aconteceu. Segundo a Polícia Civil, ela usava peruca como disfarce e chegou a tentar aplicar o veneno diretamente no local de trabalho de Mirian Lira Rocha, atual de seu ex-companheiro, se apresentando como promotora de degustação de chocolates. Como não conseguiu acesso à vítima, optou por executar o plano por meio de uma entrega.

Imagens de câmeras de segurança obtidas pelo programa ‘Fantástico’, da  TV Globo, registraram Jordélia comprando o ovo de Páscoa em uma loja de shopping e depois contratando um mototaxista para fazer a entrega. O entregador confirmou à polícia que recebeu instruções detalhadas sobre o endereço, o nome da destinatária e que Jordélia ainda ligou para confirmar o recebimento.

Mirian e os filhos comeram o ovo na mesma noite. Pouco depois, todos passaram mal. Os filhos, Evely Fernanda e Luís Fernando, morreram. Mirian sobreviveu. Exames periciais apontaram que o chocolate continha chumbinho, um veneno ilegal no Brasil, também encontrado nos corpos das vítimas e nos materiais recolhidos com a suspeita.

Com base nas provas, a polícia concluiu que Jordélia agiu por vingança e de forma premeditada. Para os investigadores, ela escolheu o feriado de Páscoa para tentar dificultar a ação das autoridades e escapar da cidade. A intenção, segundo o inquérito, era matar Mirian, o que justifica a acusação de tentativa de homicídio com dolo direto.

Na prisão, foram encontrados chocolates, granulados usados para disfarçar o gosto do veneno e diferentes perucas. O Ministério Público considera o crime como sendo de motivo torpe, o que pode levar a uma pena de até 30 anos por homicídio.

A defesa da esteticista afirma que ela nega ter cometido o crime e que os fatos serão esclarecidos durante o processo judicial.



IG Último Segundo