Wolney Queiroz aceitou o convite do presidente Lula
O Palácio do Planalto confirmou nesta sexta-feira (28) a nomeação de Wolney Queiroz para o comando do Ministério da Previdência Social. O novo titular da pasta já exercia o cargo de secretário-executivo do ministério desde fevereiro de 2023.
A decisão foi tomada após o ex-ministro Carlos Lupi pedir demissão em meio à pressão causada por denúncias de fraudes no INSS(Instituto Nacional do Seguro Social), reveladas nas últimas semanas.
Wolney Queiroz Maciel nasceu em 12 de dezembro de 1972, em Caruaru (PE), e é filiado ao PDT. Iniciou sua carreira política como vereador em Caruaru em 1992, onde ocupou a 1ª vice-presidência da Câmara Municipal.
Dois anos depois, foi eleito deputado federal por Pernambuco, cargo que ocupou por seis mandatos consecutivos até 2023. Durante sua atuação parlamentar, exerceu a vice-liderança do PDT e foi líder da oposição ao governo Jair Bolsonaro em 2022.
Entre as principais votações de que participou no Congresso Nacional, Wolney foi contra a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do Teto dos Gastos Públicos, aprovada em 2016, e contra a Reforma Trabalhista, em 2017.
Também se manifestou contrário à privatização de empresas estatais, como Petrobras, Eletrobras e Correios.
Em 2016, votou contra o processo de impeachment da então presidente Dilma Rousseff. Na eleição de 2022, não conseguiu se reeleger para a Câmara dos Deputados, recebendo 63.242 votos.
PDT segue no comando
Com a indicação de Wolney, o PDT mantém o comando do Ministério da Previdência Social. O partido foi responsável por sua indicação formal ao presidente Lula, após reuniões internas realizadas ao longo da semana.
Em outubro de 2024, Queiroz já havia assumido interinamente o ministério durante uma viagem de Lupi à Espanha.
Além da experiência política, Wolney atua como empresário nos setores de logística e comércio exterior.
Ele iniciou o curso de Direito na Universidade Federal de Pernambuco, mas não concluiu a graduação. Sua atuação política também inclui pautas ligadas à proteção ao consumidor e à regulação de serviços públicos.
Fraude do INSS
INSS
A nomeação ocorre em um momento de apuração interna sobre irregularidades nos sistemas do INSS, que resultaram em suspeitas de concessões indevidas de benefícios.
O Ministério da Previdência Social informou que dará continuidade às investigações administrativas e reforçará mecanismos de controle interno. A CGU (Controladoria-Geral da União) e o TCU (Tribunal de Contas da União) acompanham o caso.
IG Último Segundo