pilotos de Fórmula 1 têm proibições contratuais


Max Verstappen, piloto da F1
Instagram/Max Verstappen

Max Verstappen, piloto da F1

O piloto Max Verstappen, tetracampeão mundial de Fórmula 1,  já admitiu que está proibido de praticar esportes considerados perigosos fora das pistas.

A exigência está no seu contrato com a Red Bull, que inclui cláusulas que o impedem de praticar atividades de risco, como fazer esportes de inverno e até pilotar motos de corrida.

Em entrevista ao Portal iG, o ex-piloto de Fórmula 1Christian Fittipaldi, comentou que essas normas não são exclusivas da Red Bull e também podem afetar pilotos de outras escuderias. 

“Essas cláusulas contratuais, eu acho que sempre existiram. É óbvio que elas variam de contrato pra contrato, mas não é que, de repente, de uma época pra cá, elas ficaram mais incisivas ou não. Você pode colocar as cláusulas que quiser. Chega uma hora em que ou você respeita, ou você também tenta ter uma vida fora das pistas”, comenta.

Fittipaldi relembra que, na sua época como piloto, o contrato tinha cláusulas que o impediam de fazer atividades perigosas. “Eu respeitava? Sinceramente, não. Eu fazia outras atividades com prudência? Sim, fazia”, admite Fittipaldi ao iG.

Em entrevista à revista holandesa Formule 1 , Verstappen citou que não esquia há cinco anos por conta do risco de lesões.

O piloto holandês comentou também que, apesar de entender os riscos, há perigos em qualquer atividade cotidiana. “Você também pode escorregar no chuveiro e quebrar o pescoço”, ponderou.

Christian Fittipaldi na pista em 2002
Instagram / Fittipaldi

Christian Fittipaldi na pista em 2002

Para Fittipaldi, o ideal é que os pilotos mantenham bom senso e não extrapolem em atividades que podem trazer algum perigo. O ex-piloto faz a mesma observação de Verstappen, de que qualquer atividade cotidiana pode oferecer riscos. 

“Quando você pratica outras atividades que envolvem certos riscos, fora da pista, eu não acho que deva fazer no limite máximo, 100%, 105%. Enfim, deixa uma margem. Pratique o esporte a 90%, 95%, que isso já minimiza as chances de dar alguma besteira (…). Agora, se você pratica esportes de risco e deixa essa margem de segurança, a chance de acontecer algo grave é bem menor. É muito, muito pequena”, comenta.

“Evidentemente, pode acontecer alguma coisa — lógico que pode. Você pode estar atravessando a rua, ser assaltado, tomar um tiro, ser atingido por um carro e nem estava fazendo nada demais, só atravessando a rua”, completa Fittipaldi.

Como as regras afetam os pilotos

Max Verstappen, atual tetracampeão mundial de Fórmula 1
Instagram/Max Verstappen

Max Verstappen, atual tetracampeão mundial de Fórmula 1

Assim como qualquer empresa, as escuderias da F1 têm normas preestabelecidas para tentar tirar o maior desempenho dos pilotos dentro das pistas. Além das atividades, os atletas precisam passar por uma rotina regrada de exercícios físicos.

Ao iG, Fittipaldi explica que todas essas regras afetam a vida dos pilotos. Para ele, as normas podem ser incômodas, mas é necessário respeitá-las, como acontece em qualquer empresa.

“(A regra) restringe um pouco o piloto? Restringe. Mas, afinal de contas, somos seres humanos também. O automobilismo, sim, é extremamente importante. Você é um profissional, vive disso, precisa respeitar as empresas que estão investindo muito em você. Mas, ao mesmo tempo, você também tem uma vida”, comenta.

Por isso, o ex-piloto enfatiza que cada profissional precisa pensar em quais propostas aceitar, porque, dependendo da regra, pode afetar muito a vida pessoal.

“É óbvio que você pode ter inúmeras cláusulas no contrato, mas acho que cada um é dono do próprio nariz e sabe exatamente as suas limitações”, completou.

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