Foram três jogos e três vitórias.
O Palmeiras é o único dos 32 participantes da Libertadores que fechou o primeiro turno da fase de grupos com 100% de aproveitamento.
Com dois triunfos fora de casa, em Lima, no Peru, contra o Sporting Cristal, por 3 a 2, e na altitude desumana de La Paz, na Bolívia, contra o Bolívar, pelo mesmo placar, além do 1 a 0, em casa, contra o paraguaio Cerro Porteño.
Não enfrentou nenhum time da primeira prateleira sul-americana, como é fato que os de tal porte, em outros grupos do mesmo nível, tropeçaram.
Como o Flamengo, em incômodo terceiro lugar no grupo dele, fora da zona de classificação no momento.
Se o Palestra paulista vai de vento em popa, o mineiro, Cruzeiro, na Copa Sul-Americana, faz exatamente o inverso, com três derrotas, para o chileno Palestino (Liberdade para a Palestina!), o argentino Unión de Santa Fé, e o surpreendente equatoriano Mushuc Runa, único 100%.
E olhem a rara leitora e o raro leitor que ainda nem Vitor Roque pegou no breu no Palmeiras, nem Paulinho fez um jogo inteiro, com Flaco López disposto a dificultar a vida de ambos, para alegria dos exigentes palmeirenses.
Enquanto isso, o Cruzeiro sofre com seus novatos veteranos, como Cássio, Dudu e o ex-Gabigol.
Se o Palmeiras ganhará tudo ou nada, é questão para adivinhos, mas, ao engatar a sétima vitória seguida nos torneios de que participa, dá a medida de que Abel Ferreira e seus Green Caps não estão para brincadeira.
Sim, os Boinas Verdes estão de volta com sede de taças, e o primeiro tempo que fizeram na montanha boliviana demonstrou claramente que o caminho para o tetracampeonato continental está sendo pavimentado com sabedoria e arte. Até dominar a altitude o Palmeiras sabe, como nenhum outro time brasileiro. Basta ver a atuação do Flamengo no empate com a LDU, em Quito, no Equador, 800 m a menos de altitude que os 3.650 m da capital boliviana.
Neste domingo (27), o Palmeiras recebe às 18h30 o Bahia, time que faz outra boa campanha na Libertadores —e lidera o chamado grupo da morte, com Internacional de Porto Alegre, Nacional de Montevidéu e Atlético Nacional de Medellín.
Favorito para obter a oitava vitória seguida, o Palmeiras terá adversário encardido pela frente. Caso não o vença, despertará novas críticas da turma do amendoim, aquela que não pipoca na arquibancada e age covardemente ao desprezar o esforço de quem jogou pertinho do céu, ou do inferno, numa quinta-feira e volta a jogar no domingo.
DOENÇA SOCIAL
São inúmeros os atletas de ponta que tiveram a coragem de expor graves doenças mentais, como depressão, crise de ansiedade etc.
No futebol, Adriano Imperador, Alisson, do São Paulo, Cicinho, Nilmar, Pedrinho, Richarlison, Ronaldo Fenômeno, entre outros no Brasil, como Iniesta, na Espanha.
Acrescente os campeoníssimos Gabriel Medina, Michael Phelps, Naomi Osaka e Simone Biles.
Agora é Tite quem torna público seu problema de saúde.
Merece respeito, solidariedade e admiração.
Nas redes antissociais, tem sido objeto de chacotas.
Como houve os que saudaram a morte de Francisco 1º.
Gente que está acometida de enfermidade sem cura.
Força, Tite!
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Folha de S.Paulo
