Sem cor pelas ruas: 68% da frota de veículos do país é monocromática


Apesar do estereótipo “alegre” do brasileiro, na hora de escolher um carro ele é mais sóbrio. Um levantamento sobre as cores da frota nacional de veículos, conduzido pela Fipe em parceria com a Veloe, com base em dados do Senatran (Secretaria Nacional de Trânsito) de janeiro de 2025, mostra que 67,8% dos carros nacionais foram registrados com cores neutras ou “monocromáticas”.

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Monocromáticos

Os carros brancos representam 21,7%, enquanto as carrocerias em preto são 18,9%. Os modelos em prata e cinza representam 16,5% e 10,6%, respectivamente.

Coloridos

Tons mais vibrantes ou “coloridos” totalizam 32% da frota, e incluem, especialmente, o vermelho (15,5%) e o azul (7,6%), seguidos por verde (3,6%), bege (1,9%), amarelo (1,3%) e marrom (0,7%).

Carros no trânsito
Crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil

Cores raras

Com participações inferiores a 1%, as principais cores denominadas de “raras” nas ruas são compostas por laranja (0,4%), dourado (0,3%), roxo (0,3%), rosa (0,1%) e fantasia (0,1%).

Vale destacar que a cor fantasia refere-se a qualquer que não seja considerada padrão. Isso inclui cores customizadas, gradientes, fosco, metálico, para citar.

O que explica a preferência dos consumidores?

A pesquisa explica a preferência dos consumidores no mercado de veículos e cita pelo menos três fatores determinantes:

  1. Valor de revendas e desvalorização dos veículos no mercado de usados: muitas pessoas optam por cores neutras acreditando que isso poderá facilitar a venda do veículo no futuro e reduzir perdas financeiras;
  2. Disponibilidade limitada de modelos com cores vibrantes pelas montadoras: as montadoras tendem a produzir e distribuir mais carros em cores neutras, principalmente em regiões onde a demanda é historicamente alta para esses tons;
  3. Restrição da tonalidade para determinados veículos: a título exemplificativo, em diversas cidades brasileiras, os táxis têm cor padronizada: no Rio de Janeiro, por exemplo, são tradicionalmente amarelos com faixa azul; em São Paulo, predominam modelos brancos; enquanto Belo Horizonte exige um padrão branco com faixas horizontais coloridas.
Trânsito na capital paulista – Crédito: Rovena Rosa/Agência Brasil



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