Luigi Mangione é indiciado por morte do CEO da UnitedHealthcare


Luigi Mangione grita durante audiência federal, em Nova York
Matthew Hatcher

Luigi Mangione grita durante audiência federal, em Nova York

Luigi Mangione, suspeito de assassinar a tiros o CEO da UnitedHealthcare, Brian Thompson, em Manhattan, Estados Unidos, no ano passado, foi indiciado nesta quinta-feira (17) por um tribunal federal por homicídio, perseguição e porte ilegal de arma, o que pode levar à pena de morte.

O rapaz de 26 anos também responde a acusações separadas de homicídio na esfera estadual.

Mangione é acusado de ter atirado pelas costas do CEO, em frente a um hotel de luxo de Nova York, em dezembro de 2024.

A procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, anunciou neste mês que orientou os promotores federais a buscar a pena de morte. Seria o primeiro caso de pena de morte movido pelo Departamento de Justiça desde que o presidente Donald Trump voltou ao cargo. Ele prometeu a retomada as execuções federais, suspensas na administração de Joe Biden.

O caso

Luigi Mangione, que tem 26 anos e nasceu no estado de Maryland, foi preso na Pensilvânia, após cinco dias de buscas das autoridades. Ele responde pelos crimes de assassinato e terrorismo e está detido em uma penitenciária federal de Nova York.

Em 21 de janeiro, Mangione compareceu a uma audiência judicial em Nova York, quando sua advogada afirmou que pediria a anulação das evidências coletadas durante a prisão, alegando que ele foi revistado ilegalmente e que o procedimento teve “sérios problemas”.

Formado em ciência da computação com foco em inteligência artificial em uma das melhores universidades particulares dos Estados Unidos, Mangione vem de uma família rica, que controla um império imobiliário e empresarial. Entre os bens dos Mangione estão country clubs, casas de repouso, estações de rádio, campos de golfe, hotéis, resorts e uma fundação.

A prisão

Mangione foi preso portando uma identidade falsa que, segundo a polícia, teria sido a mesma usada pelo atirador para fazer check-in em um hostel de Nova York antes do assassinato de Brian Thompson.

Além disso, os policiais encontraram com ele uma pistola com características semelhantes à usada no crime. Acredita-se que a arma tenha sido produzida em partes por meio de uma impressora 3D.

O aspecto físico de Mangione também é muito semelhante ao do atirador flagrado por câmeras de segurança no dia do crime.

Por fim, os agentes apreenderam com Mangione um documento escrito à mão, com cerca de três páginas, expressando raiva contra empresas de seguro de saúde. Segundo a Associated Press, o texto descrevia essas organizações como “parasitárias”.



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