CABO FRIO, RJ – A proximidade do feriadão da Semana Santa lança uma sombra de preocupação sobre a organização e a qualidade da experiência oferecida aos visitantes e moradores nas praias de Cabo Frio. Em um ano marcado por relatos recorrentes de problemas na orla, a gestão do prefeito Dr. Serginho (PL) enfrenta críticas contundentes quanto à fiscalização, infraestrutura precária e a aparente leniência com práticas irregulares que comprometem o bem-estar e a ordem no litoral da cidade.
Denúncias de despreparo e conduta inadequada por parte dos agentes de postura têm se avolumado. Relatos de banhistas e comerciantes locais apontam para um comportamento truculento e violento em abordagens, destoando da postura de orientação e serviço que seria esperada. A falta de tato e a agressividade de alguns agentes, em vez de promoverem a ordem, geram tensão e revolta, contribuindo para uma imagem negativa da cidade.
A situação da infraestrutura nas praias também é alarmante. A ausência de banheiros públicos em pontos estratégicos da orla é uma reclamação antiga e persistente, obrigando turistas e moradores a buscarem alternativas precárias ou estabelecimentos comerciais, muitas vezes mediante consumo. Essa carência básica demonstra um descaso com o conforto e a higiene, elementos essenciais para uma experiência positiva na praia.
Paralelamente à falta de estrutura, observa-se uma fiscalização ineficaz no que diz respeito ao cumprimento de normas básicas de convivência. Práticas esportivas como frescobol e altinha, embora prazerosas, seguem sendo realizadas em áreas de grande circulação de pessoas, colocando em risco a segurança e o sossego dos banhistas. A ausência de repressão a essas atividades em locais inadequados demonstra uma falta de planejamento e de aplicação das regras por parte do poder público.
Outro ponto crítico é a venda irregular de produtos, especialmente alimentos expostos ao sol e sem a devida refrigeração e controle sanitário. Essa prática, além de ser ilegal, representa um sério risco à saúde dos consumidores, que podem ser expostos a contaminações. A falta de ação efetiva para coibir essa atividade levanta questionamentos sobre a vigilância sanitária e a proteção da saúde pública na orla de Cabo Frio.
A já conhecida “máfia dos guarda-sóis” também volta a ser motivo de apreensão para o feriadão. A prática abusiva de comerciantes que monopolizam espaços na areia, cobrando preços exorbitantes pelo aluguel de cadeiras e guarda-sóis, persiste sem um combate efetivo por parte da prefeitura. Turistas e moradores se sentem reféns dessa exploração, que onera seus momentos de lazer e contribui para uma percepção de desorganização e falta de controle por parte do governo municipal.
A falta de informações concretas na imprensa sobre ações efetivas da prefeitura para mitigar esses problemas às vésperas de um feriado de grande movimento turístico é preocupante. A ausência de um plano claro de organização da orla, com reforço na fiscalização, melhorias na infraestrutura e combate às irregularidades, sinaliza um possível cenário de caos e frustração para quem escolher Cabo Frio como destino na Semana Santa.
Diante desse panorama, a expectativa é que o governo do Dr. Serginho adote medidas urgentes e eficazes para garantir uma experiência mais organizada, segura e agradável nas praias de Cabo Frio. A imagem da cidade e o bem-estar de seus visitantes e moradores dependem de uma ação firme e imediata para endereçar essas falhas de gestão e fiscalização. A Semana Santa se aproxima, e a orla clama por atenção e cuidado.