Stephen Curry tem seu nome marcado na história da NBA. É um arremessador que mudou o basquete e conquistou, até aqui, quatro títulos na liga norte-americana. Seu sucesso nas finais, porém, jamais foi reproduzido em uma etapa bem anterior.
O craque de 37 anos tenta mudar isso nesta terça-feira (15), quando o Golden State Warriors recebe o Memphis Grizzlies no Chase Center, em San Francisco, pelo “play-in”. Trata-se da repescagem adotada no campeonato desde 2020 para definir os últimos classificados aos “playoffs”, o tradicional mata-mata com 16 times –oito da Conferência Oeste, oito da Conferência Leste.
No formato atual, os seis primeiros de cada conferência vão direto aos “playoffs”. O sétimo e o oitavo se enfrentam em jogo único pela primeira das duas vagas restantes. A outra é definida no duelo do perdedor do jogo 7º x 8º com o vencedor do jogo 9º x 10º.
O Golden State ficou bem perto de assegurar a sexta posição no Oeste e evitar o “play-in”, mas perdeu na rodada derradeira para o Los Angeles Clippers, na prorrogação, e caiu para sétimo. Assim, enfrentará o Memphis, oitavo, em casa. Se perder, ainda terá uma última oportunidade, também em casa, contra o ganhador de Sacramento Kings (9º) e Dallas Mavericks (10º).
Os Warriors são favoritos e têm duas chances, mas seu retrospecto é terrível no “play-in”: três derrotas em três jogos. Em 2021, como oitavo lugar, perderam para o Los Angeles Lakers (103 a 100) e Memphis Grizzlies (117 a 112). Em 2024, como décimo lugar, caíram diante do Sacramento Kings (118 a 94).
“Há um senso de urgência”, resumiu Curry. “Temos o nosso histórico no play-in, que é bem documentado. Então, você quer finalmente experimentar a sensação de sobreviver a essa etapa e, assim, ter a chance de enfrentar o Houston [Rockets, 2º do Oeste, que aguarda o vencedor de Golden State x Memphis].”
Existem motivos, desta vez, para otimismo. Desde a chegada em fevereiro de Jimmy Butler, 35, a equipe californiana venceu 22 jogos e perdeu seis, um aproveitamento de 78,6%. Butler é conhecido por crescer nos mata-matas, e sua contratação parece ter rejuvenescido Curry e seu velho companheiro Draymond Green, 35, favorito ao prêmio de melhor defensor do ano.
“Ele faz o que o jogo pede”, disse Stephen, elogiando Jimmy por seu desempenho apesar da dura derrota de domingo (13) para os Clippers, com 30 pontos e nove assistências. “Estou empolgado porque o temos por aqui.”
Butler quer ajudar. E, duas vezes vice-campeão com o Miami Heat, quer a ajuda dos tetracampeões do Golden State para ter enfim a sensação de levantar o troféu Larry O’Brien.
“Temos um monte de jogadores de basquete muito bons. Gosto da confiança que têm em mim e tenho a mesma quantidade de confiança neles”, afirmou o texano, que construiu rapidamente boa relação com o técnico Steve Kerr.
“Então, play-in, aqui vamos nós!”
Folha de S.Paulo
