A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Búzios enfrenta a possibilidade de ter seus serviços interrompidos em breve. Segundo a entidade, o termo de concessão do espaço que funciona a APAE há mais 20 anos chegou ao fim, e a prefeitura pretende utilizar o prédio para expandir o atendimento a pessoas com deficiência (PCDs). Diante do impasse, a associação busca a renovação da concessão ou a doação definitiva do terreno, enquanto a administração municipal propõe integrar os serviços da entidade a um novo projeto sob gestão da Secretaria de PCD.
Para reforçar sua posição, a Federação Estadual da APAE, que atualmente administra a unidade, convocou uma manifestação na Câmara Municipal nesta quarta-feira (20), às 10h. A superintendente da APAE Rio, Márcia Rocha, explica que a instituição passou por desafios, mas está se reestruturando para garantir um atendimento de qualidade. “Tivemos situações que fragilizaram nossos serviços, mas estamos conseguindo reestruturar. Precisamos do apoio da sociedade para renovar o termo de concessão ou obter a doação definitiva do espaço. É fundamental que a APAE continue atuando em Búzios para atender as pessoas com deficiência intelectual e múltipla”, afirmou.
A prefeitura, por sua vez, defende que a utilização do espaço permitirá ampliar o atendimento à população com deficiência. O prefeito Alexandre Martins afirma que a intenção é transformar o local em um centro de serviços especializados, incluindo uma escola para crianças autistas, e que a APAE poderá ser realocada dentro dessa nova estrutura. “A APAE teve dificuldades e, há algum tempo, não consegue oferecer um serviço de qualidade. Precisamos do prédio para atender melhor os PCDs, aumentar o espaço e ampliar o atendimento. Nossa intenção não é demolir ou acabar com a APAE, mas integrar os serviços para que possamos melhorar o suporte às famílias”, declarou o prefeito.
A manifestação na Câmara de Vereadores deve reunir familiares, apoiadores da APAE e representantes da prefeitura para discutir o futuro da entidade e os caminhos para a continuidade dos atendimentos na cidade.
Fonte: Fonte Certa
