China anuncia que vai executar engenheiro condenado por espionagem


Policial vigia a Porta de Tiananmen (Paz Celestial), em Pequim, em 5 de março de 2025
Pedro PARDO

Policial vigia a Porta de Tiananmen (Paz Celestial), em Pequim, em 5 de março de 2025

Pedro Pardo

Um engenheiro chinês que trabalhava em um centro de pesquisa foi condenado à morte por vazar segredos de Estado para uma potência estrangeira, anunciou nesta quarta-feira (19) o governo de Pequim.

O homem, de sobrenome Liu, “copiou, duplicou e vendeu de maneira secreta uma grande quantidade de segredos de Estado para uma agência estrangeira de espionagem e inteligência”, afirmou o Ministério de Segurança do Estado chinês em sua conta no WeChat.

Liu trabalhava como engenheiro assistente em um instituto de pesquisa e pediu demissão depois de considerar que havia sido tratado de maneira injusta.

Mas antes de deixar o local, “copiou e conservou em segredo uma grande quantidade de material confidencial que havia administrado com a intenção de utilizá-lo posteriormente para se vingar ou chantagear seus superiores”, acrescentou o ministério.

O ministério não revelou o instituto de pesquisa onde trabalhava, nem revelou o nome completo de Liu.

O engenheiro se endividou após alguns investimentos fracassados e “voltou sua atenção para o material confidencial em seu poder, dando lugar a pensamentos traiçoeiros de venda de inteligência”, afirma um comunicado oficial.

Segundo o ministério, a agência estrangeira de inteligência – que não foi identificada- cortou o contato depois de enganar Liu para que entregasse a informação confidencial por “um preço muito baixo”.

“Durante um período de seis meses, (Liu) viajou de maneira sigilosa por vários países, comprometendo severamente segredos nacionais chineses”, destaca o ministério.

A nota afirma que Liu foi condenado à morte após uma investigação, mas não revela a data da execução.



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