Alejandro Domínguez tem fala racista após sorteio da Conmebol
O presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, fez uma declaração racista após sorteio da Libertadores e Sul-Americana, na última segunda-feira (16). Ele foi perguntado sobre possibilidade de o Brasil se desfiliar da Conmebol por conta dos atos racistas sofridos nos jogos das competições continentais. Domínguez afirmou que seria como “Tarzan sem sua Chita“. A fala logo repercutiu em todos os meios de comunicação e ao longo do dia.
Já na manhã desta terça-feira, o mandatário pediu desculpas pela expressão utilizada e reafirmou o compromisso da entidade com o fim do racismo nas competições da Conmebol.
Após isso, alguns personagens relacionados ao futebol se manifestaram contra a postura do presidente da Conmebol. A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, disse que a declaração “parece uma provocação aos clubes brasileiros”.
Além dela, o meio-campista da Seleção Brasileira, Bruno Guimarães, também se posicionou contra a fala de Domínguez. Ele disse que “o presidente da Conmebol tem muito mais coisa a se preocupar do que fazer piada de algo assim”.
O humorista Hélio de La Peña também se manifestou sobre a acontecimento:
“Eu tenho uma frase melhor para o senhor Alejandro Dominguez. ‘Libertadores sem Brasil é como o Paraguai sem uísque falsificado’. Será que ele vai gostar?”, questionou.
Governo do Brasil se posiciona contra presidente da Conmebol
O Ministério do Esporte, assim, também publicou uma nota de repúdio à fala do presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, que comparou os brasileiros a uma macaca.
“O Ministério do Esporte manifesta seu total repúdio às declarações do presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, que escolheu a pior analogia para comentar a importância dos clubes brasileiros na Copa Libertadores”, diz a nota.
Além disso, o governo da Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu respeito aos clubes, atletas e torcedores do Brasil. A pasta ainda informou que o Brasil seguirá “atento a qualquer situação que possa desrespeitar ou desmerecer o protagonismo” do futebol brasileiro.
Pedido para ‘persona non grata’
Fora do futebol, a deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) protocolou nesta terça-feira uma representação contra Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol, para torná-lo persona non grata. Afinal, traduzido do latim, o termo significa pessoa “indesejada”, “não bem-vinda” ou “não agradável”.
A medida de Erika contra Domínguez, afinal, tem como objetivo a repreensão internacional aos atos racistas realizados contra os brasileiros em território internacional.
Imprensa também se posiciona
O jornalista Paulo Vinícius Coelho, o PVC, sugeriu até um processo de impeachment contra o presidente da Conmebol.
“Alejandro Domínguez poderia sofrer processo de impeachment por sua declaração desastrada. Como não sofrerá, deveria no mínimo pedir desculpas formais na embaixada do Brasil”, disse.
A colunista do Uol, Milly Lacombe, afirmou que ele não tem capacidade para liderar a instituição.
“Agora ele resolveu adicionar mais preconceitos à sua gestão. Tarzan-chita. O brasileiro selvagem. O senhor Alejandro Domingues é obviamente incapacitado para liderar a instituição”, reforçou.
A também jornalista e comentarista Alice Klein também fez forte declaração.
“Conmebol provou mais uma vez que no fundo do poço há um alçapão. Não conseguem nem fingir que se importam com o racismo”, destacou.
Siga nosso conteúdo nas redes sociais: Bluesky, Threads, Twitter, Instagram e Facebook.
Portal IG