Por que é tão difícil para os pilotos de F1 correrem na chuva?


Lando Norris vence o GP da Austrália em corrida sob chuva
Renato Centeio

Lando Norris vence o GP da Austrália em corrida sob chuva

As corridas de Fórmula 1 na chuva são sempre imprevisíveis. A vitória de Lando Norris no último fim de semana mostrou sua habilidade, mas até Max Verstappen, considerado um dos melhores em pista molhada, enfrentou dificuldades na Austrália. Mas o que torna correr na chuva tão difícil?

A falta de aderência muda tudo

No seco, os pilotos controlam a tração com precisão, mas na chuva, a pista está sempre mudando. Pode estar secando em alguns trechos e ficando mais molhada em outros, tornando cada volta imprevisível.

Outro grande desafio é a aquaplanagem. Os pneus de chuva da Pirelli dispersam até 85 litros de água por segundo, mas quando esse limite é ultrapassado, os carros perdem o contato com o asfalto. Isso se tornou ainda pior desde 1966, quando os pneus ficaram mais largos, dificultando o escoamento da água.

Os próprios pneus de chuva também complicam a estratégia. Os compostos intermediários desgastam rápido se a pista começar a secar, obrigando os pilotos a buscar poças d’água para resfriá-los. Já os pneus de chuva total quase não são usados, pois criam uma névoa intensa que prejudica a visibilidade e aumenta os riscos de acidente.



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