Desde a volta de Neymar, não faltaram neytícias, para a alegria de todos os envolvidos com o esporte bretão. Mas este humilde escriba estava sentindo falta dos títulos “sem Neymar” depois deste retorno.
Não está mais.
Neste domingo, foi quase um alívio após a vitória do Corinthians poder abrir os principais sites de notícias e dar de cara com o “sem Neymar”. Esta querida Folha mesmo cravou um “Corinthians supera Santos sem Neymar e volta à final”. Outros veículos obviamente fizeram o mesmo, mas vou ficar apenas com a citação da casa.
Assim como Neymar, porém, senti um desconforto com o camisa 10 do Santos no banco.
Neymar jogou sete partidas na sequência e ficou fora na hora do mata-mata (PSG feelings). Sete era o número mágico para ganhar uma Copa até 2022. No entanto, a partir de 2026, serão oito jogos para o título. Sete não é mais um número bom.
E a ausência do melhor jogador do mundo já nascido em Mogi das Cruzes abre outras dúvidas e perguntas, que serão fartamente debatidas em mesas esportivas redondas e ovais, programas de jornalismo econômico e, quiçá, por analistas do BBB.
Eis as principais: Dorival, o Júnior, sabe da real condição de Neymar, o Júnior? E se estivesse sem nenhum desconforto, Neymar poderia ter acompanhado a despedida de Neguinho da Beija-Flor no desfile das campeãs no Rio? Talvez nunca teremos a resposta para a segunda. Para a primeira, espero que o professor Dorival se manifeste em breve (até a conclusão deste texto, nada foi dito).
E supondo que Neymar se recupere a tempo de enfrentar Colômbia e seu Mano-Messi na Argentina pelas Eliminatórias Sul-Americanas, o torcedor do Santos acredita que ele ainda jogaria a estreia do Brasileiro diante do Vasco?
Aliás, falando em início do Brasileiro, parabéns para a Federação Paulista de Futebol, que marcou a final do Paulistinha para o dia 27, depois de uma Data Fifa que deve desfalcar vários times. E o Corinthians, parte interessada, estreia no campeonato nacional apenas dois dias depois, contra o Bahia, em Salvador.
Vergonha da Conmebol
Saiu a aguardada sanção que a comissão disciplinar da Conmebol impôs ao Cerro Porteño depois do triste caso de racismo contra o atacante Luighi, do Palmeiras, em jogo da Libertadores sub-20.
E, ao contrário do que aconteceu no bolão do Oscar, acertei o resultado: multa em dinheiro. Foram US$ 50 mil, mais penas disciplinares, como ter que fazer uma campanha contra o racismo, mas pode ser nas redes sociais, assim ninguém precisa ter muito trabalho. Deve existir no mundo alguma empresa mais gananciosa que a Conmebol e que resolve tudo com multa, mas ainda não conheço.
Ano da F1?
E será este o ano de uma F1 empolgante? A temporada começa no próximo fim de semana e, para nosotros, com um brasiliano no grid, Gabriel Bortoleto. A má notícia é que o período de testes da Sauber não foi dos mais animadores.
Não interessa, só alinhar o carro com os outros coleguinhas será o suficiente para colocá-lo em qualquer “trend topic”, assim como João Fonseca e Fernanda Torres.
Enquanto isso, Carlos Sainz, o rejeitado de 2024, fez o melhor tempo da pré-temporada com uma Williams, à frente de Lewis Hamilton, com sua antiga Ferrari. Parece até roteiro pronto da Netflix.
E com Max Verstappen de um lado e Lando Norris de outro, uma das figuras que veremos mais vezes no paddock deste ano será Brad Pitt, astro de “F1”, o filme (aguarde), produzido por Hamilton.
A primeira corrida acontece neste domingo (16), na Austrália, sem Neymar.
LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar sete acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.
Folha de S.Paulo