Por Carlos Alberto Rodrigues, gerente de câmbio na WIT Exchange
- Qual é a principal diferença entre o dólar turismo e o dólar comercial?
O dólar comercial é a taxa referência para o mercado de câmbio, utilizada como base para as transações financeiras entre instituições financeiras e empresas, enquanto o dólar turismo é a taxa aplicada em operações de compra e venda de papel moeda para pessoas físicas, geralmente em casas de câmbio e bancos. O dólar turismo tende a ser mais alto devido a taxas e custos adicionais, como transporte, seguros, lojas físicas blindadas, equipe de atendimento e etc.
- Como a oscilação do câmbio afeta o preço das moedas para quem vai viajar?
A oscilação do câmbio impacta diretamente o preço que o viajante pagará pela moeda estrangeira. Quando o dólar se valoriza, o custo para comprar a moeda em espécie consequentemente aumenta também, o que torna a viagem mais cara. Por outro lado, uma desvalorização do dólar torna a moeda mais acessível.
- Qual a melhor estratégia para comprar moeda em um cenário de alta do dólar? E em um de queda?
Em um cenário de alta do dólar, uma boa estratégia pode ser comprar moeda aos poucos, aproveitando pequenas quedas e conseguindo uma taxa média melhor do que comprando de uma única vez. Já olhando para um cenário de queda, usar a mesma tática de taxa média também funciona bem, mas dependendo do tamanho da queda que o mercado já esteja no momento da compra, pode ser mais prudente comprar tudo de uma vez para garantir a taxa antes que ela suba novamente.
- Existe um período ideal para comprar moeda antes de viajar? Com quanta antecedência o viajante deve começar a comprar?
Não existe um período fixo, mas recomendamos começar a acompanhar as taxas de câmbio e comprar moeda entre 3 a 6 meses antes da viagem para ter uma melhor ideia do mercado e aproveitar os momentos favoráveis de queda para adquirir a moeda, seja aos poucos ou de uma só vez.
- Vale a pena comprar aos poucos para aproveitar as variações do câmbio ou é melhor adquirir tudo de uma vez?
Vai depender um pouco do perfil de risco do viajante e o tempo que ele planejou para adquirir a moeda. Comprar aos poucos pode ser vantajoso para aproveitar variações e momentos de queda. Já comprar tudo de uma vez garante a taxa do momento, mas pode não ser o melhor momento de compra e resultar em perda se o dólar cair logo depois. A decisão deve levar em conta a análise das tendências do câmbio e o planejamento de tempo e financeiro do viajante.
- Onde é mais seguro comprar dólar e euro? Como evitar golpes e fraudes? Vale a pena comprar moeda no aeroporto ou nas casas de câmbio do destino?
É mais seguro comprar em bancos, casas de câmbio autorizadas e plataformas de câmbio online confiáveis, como a Exchange Câmbio. Para evitar golpes, verifique primeiro a reputação das casas de câmbio, veja as avaliações, compare taxas e nunca faça transações em locais não autorizados ou com um valor muito abaixo do que o mercado está praticando. Em relação a comprar moeda estrangeira no aeroporto, não vale a pena, pois as taxas são bem mais altas do que em outros locais, a não ser que seja sua única opção. Mas é preferível utilizar casas de câmbio e pesquisar bem pela internet.
- O que esperar da cotação do dólar e do euro para quem vai viajar no Carnaval?
A cotação do dólar e do euro atualmente está em um patamar bem interessante em comparação ao que estava no começo do ano e final do ano passado. Mas vale lembrar que a taxa pode ser afetada pela lei de oferta/demanda durante períodos de alta como o Carnaval. É comum que a procura por moeda estrangeira aumente, o que pode levar a uma valorização mais rápida. Desta forma, o ideal é monitorar as taxas com antecedência e estar preparado para possíveis variações.
- Como calcular quanto dólar eu preciso levar para uma viagem?
Não existe uma regra única pois a quantidade vai depender muito do perfil do viajante e o que ele planeja fazer no local de destino. Para se calcular uma média, primeiro é necessário considerar quantos dias de viagem, ter uma ideia de custo diário (incluindo alimentação, transporte, passeios e compras) e adicionar uma margem para imprevistos. Uma regra prática é multiplicar o custo diário estimado pelo número de dias e adicionar cerca de 20% para despesas extras. Uma dica também é pesquisar em Blogs e Sites do lugar de destino, hoje a informação é muito ampla e ajuda o viajante a ver as opções de turismo no local e ter uma ideia de custo.
- Existe um valor mínimo que eu devo ter em dinheiro vivo para evitar problemas?
Não existe um valor mínimo universal, mas é sempre bom ter uma quantia em dinheiro para transporte, pequenas despesas e emergências. Caso vá utilizar cartão do seu banco ou de conta global, por exemplo, vale calcular de 10% a 20% para ter em espécie para eventuais necessidades dependendo do local.
- O que significa “variação cambial” e como isso pode afetar meus gastos na viagem?
A variação cambial refere-se às flutuações nas taxas de câmbio entre diferentes moedas. Isso pode afetar seus gastos na viagem, pois o preço dos produtos e serviços pode variar de acordo com a taxa de câmbio no momento da compra. Desta forma, se utilizar um cartão de crédito do seu banco, por exemplo, você estará exposto a esta variação cambial, o que não acontece caso tenha levado o valor em espécie, em cartão pré-pago ou tenha abastecido sua conta global antecipadamente.
- O dólar pode subir enquanto eu viajo? Isso muda o preço do que eu compro no cartão?
Sim, o dólar pode subir enquanto você está viajando e, como falei anteriormente, isso pode impactar o custo das compras feitas no cartão, especialmente se a cobrança for feita em reais ou na moeda local. É importante estar ciente das taxas de câmbio aplicadas pelo seu banco ou se preparar para levar a moeda em espécie, cartão pré-pago ou abrir uma conta global em moeda estrangeira para que tenha mais tranquilidade e não dependa do mercado de câmbio do momento.
- O que acontece se eu chegar no país sem dinheiro vivo? Consigo sacar lá?
Geralmente é possível sacar em caixas eletrônicos, ATM’s, desde que seu cartão seja compatível com o sistema local. O ideal é verificar com seu banco sobre as taxas de saque e os limites.
- O que é um cartão pré-pago internacional e como funciona?
É um cartão que permite que você carregue uma quantia em moeda estrangeira antes da viagem. Funciona como um cartão de débito, onde você utiliza o saldo disponível. Pode ser uma boa opção para controlar gastos, mas é bom verificar as taxas de carregamento e uso. Outra opção que muitos viajantes têm utilizado também é a abertura de uma conta global, onde é possível da mesma forma carregar a conta em moeda estrangeira e utilizar o cartão como débito. Neste caso, acaba sendo mais vantajoso por conta do IOF ser menor do que no cartão pré-pago.
- Como evitar taxas e tarifas extras ao pagar com cartão lá fora?
Para minimizar taxas ao pagar com cartão de crédito no exterior, busque utilizar cartões que não cobram taxas de transações internacionais, evite a conversão de moeda na hora da compra (opte por pagar na moeda local) e informe seu banco sobre sua viagem para evitar bloqueios. E vale pesquisar também outras opções, como o cartão pré-pago e as contas globais que costumam ter um custo melhor.
Sobre a WIT – Wealth, Investments & Trust
A WIT – Wealth, Investments & Trust – é assessoria, planejamento e execução para cuidar do patrimônio de pessoas, grupos familiares e empresas, de forma integral e sincronizada, apoiada por uma sofisticada estrutura de especialistas e de empresas que atuam de forma independente, porém complementar. O multi family office atua nas áreas de assessoria de investimentos; fundos exclusivos; câmbio e remessas internacionais; serviços financeiros e emissão de dívidas em mercado de capitais; ativos imobiliários e consultoria patrimonial. Atualmente, a empresa está presente em nas capitais de São Paulo e Paraná, em Curitiba, e em cidades do interior paulista: Campinas, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, São João da Boa Vista, Araçatuba, Votuporanga, Jundiaí e Itu.
